O LIVREIRO

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


O MME definiu nesta quinta-feira (27/01) as diretrizes para a realização do 21º leilão de biodiesel. O leilão será realizado no mês de fevereiro pela ANP. Serão comercializados 660 milhões de l do biocombustível, a serem entregues no período de 1º de abril a 30 de junho deste ano.


O ministério estima que o montante negociado no leilão super R$ 1,5 bilhão, levando em consideração os preços atuais praticados no país. O leilão de biodiesel terá 80% do volume negociado destinado exclusivamente às usinas detentoras do selo Combustível Social

FONTE: energia hoje

Seca derruba produção das usinas em Pernambuco


A falta de chuva na Zona da Mata do Estado fez antecipar o fim da moagem da cana-de-açúcar. Em algumas usinas, a produção teve uma queda de quase 20%, este ano. Com isso, cerca de 25 mil trabalhadores que conseguem emprego durante a safra estão sendo dispensados e indo para casa mais cedo.

A maioria das usinas encerrou as atividades cerca de mês mais cedo. Com isso, o impacto na produção foi grande. “Nós tivemos uma redução em torno de 18% devido à seca na Mata Norte do Estado. Isso impossibilitou que nós alcançássemos a mesma safra passada de aproximadamente de 1, 270 mil toneladas de cana esmagada”, explicou o diretor executivo de uma usina, Frederico Petribu Vilaça.

A estiagem comprometeu a safra 2010/2011 em Pernambuco, que tem 22 usinas na ativa. Por conta disso, o Estado não acompanhou o crescimento nacional do setor. “Pernambuco reduz o total da safra em cerca de 3,5% enquanto o país chega a crescer 6% nessa questão do esmagamento total de cana em função do crescimento do centro sul”, destacou o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha.

Como Pernambuco responde por 5% da cana de todo o país, a queda na produção não deve interferir no preço do açúcar e do etanol, mas há um detalhe preocupante: o número de trabalhadores dispensados antes do tempo.

Em todo Estado, o número é de aproximadamente 25 mil. São operadores de máquinas, cortadores de cana, serventes, motoristas e vários outros profissionais conhecidos como safristas, ou seja, trabalham apenas durante o período de safra.

O motorista Valter Alves sabe que para toda essa gente os próximos meses são de muita dificuldade. “A gente que vive aqui nessa área de cana de açúcar, quando é no período da entressafra, quem sai daqui da usina sofre muito. Uns vão tirar areia, outros vão para a maré para pescar. E os outros que têm alguma profissão arrumam serviço fora. Quem não tem, tem que ficar nesse sofrimento aqui.”

FONTE: Portal do Agronegócio

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Chuvas em SP atrasam plantio da cana


Chuvas em SP atrasam plantio da cana
Foram mais de 290 milímetros nos primeiros 20 dias de janeiroKellen Severo | Piracicaba (SP)
Atualizada às 20h24min

O excesso de chuvas atrasou o preparo da terra para plantio de cana na região de Piracicaba (SP). Sem que a chuva dê trégua, as máquinas estão paradas, pois não há como iniciar os trabalhos. Foram mais de 290 milímetros nestes 20 dias de janeiro, mais do que o total registrado num único mês.

– Se perde porque você vai plantar mais tarde, se perde porque os empregados estão parados e essa cana vai ter menos tempo para crescer e ficar pronta para o corte – diz o produtor de cana Odair Novello.

A chuva é sempre bem vinda para o canavial, mas o excesso é que preocupa. Segundo o diretor da Cooperativa dos Plantadores de Cana de São Paulo (Coplacana), Arnaldo Antônio Bortoletto, alguns prejuízos começam a aparecer.

– Erosão para o solo e lixiviação dos nutrientes que estão para serem absorvidos nesta época de desenvolvimento. É isto que ocorre de prejuízo – lamenta Bortoletto.

A cana que já está plantada também sofre com o excesso de água, e pequenas poças se formam ao redor da planta. O produtor prevê queda na qualidade da cana que vai ser colhida a partir de abril.

– A cana parou de crescer. Hoje para ela começar a recuperar vai levar um mês. Ela já perdeu a fase do crescimento e está definhando – diz Novello.

Para o diretor técnico da Associação de Produtores de Cana de Piracicaba, José Rodolfo Peatti, o volume de produção também pode ficar abaixo do esperado.




CANAL RURAL

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uma safra de cana ainda mais magra


Uma safra de cana ainda mais magra
A União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), que representa as usinas sucroalcooleiras da região Centro-Sul do país, anunciou ontem uma safra 2010/11 ainda mais magra do que a esperada: foram processadas 555 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no acumulado da temporada até a segunda quinzena de dezembro. Daqui até o início da próxima temporada restarão, segundo a Unica, volumes apenas marginais, pois poucas usinas (21 unidades) ainda continuam a moer em janeiro.

Se comparada com a previsão inicial para a safra, feita em abril, a quebra foi de 6,7%, ou seja, 40 milhões de toneladas de cana a menos foram moídas. A "compensação" veio da alta concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR) - de 141,28 quilos por tonelada, 7,79% maior do que na safra anterior. Essa qualidade minimizou o efeito na produção de açúcar, que recuou 2% para 33,4 milhões de toneladas, e na de etanol, que diminuiu 6,9% para 25,2 bilhões de litros. Essas quedas também são em relação à previsão inicial.

Mais do que a constatação do que de fato foi realizado, os números da Unica ajudam a entender o que pode acontecer no próximo ciclo, que começa em abril, diz Gustavo Corrêa, sócio da F&G Agro, de Ribeirão Preto (SP). A consultoria prevê que o processamento em 2011/12 no Centro-Sul ficará entre 530 milhões e 560 milhões de toneladas.

"O que ocorreu em 2010/11 não foi consequência apenas da estiagem do segundo semestre do ano passado", afirma Corrêa. Houve também, explica ele, falta de cana-de-açúcar no mercado. "As unidades produtoras contabilizaram sua moagem a partir do que iriam receber de cana dos fornecedores. Mas parte dessa cana não existia. Os investimentos não foram feitos", diz.

Poucos deles estão na "ponta da agulha" para gerar cana nova já na próxima safra, que começa em abril, acredita o especialista. "Até mesmo para 2012 não haverá um volume grande de cana nova", diz. Para que isso pudesse acontecer, a área a ser cultivada já teria de estar arrendada e preparada, o que acontece em pequeno volume neste momento, afirma.

"De forma geral, a renovação está ocorrendo marginalmente em usinas que estão ampliando capacidade", afirma. A expansão de canaviais em regiões novas, segundo ele, deve se limitar a cerca de 3% da área do Centro-Sul.

Fonte: Valor Econômico

Açúcar: Preço interno se sustenta nas máximas nominais há 3 meses


Açúcar: Preço interno se sustenta nas máximas nominais há 3 meses
Desde outubro, os preços do açúcar em São Paulo seguem no patamar máximo da série nominal do Cepea – o Indicador CEPEA/ESALQ (cristal 130-180, em SP, PVU) varia nas casas de R$ 74,00 a R$ 76,00/saca de 50 kg. Essa estabilidade dos preços em nível elevado chama a atenção dos players. Não é comum no mercado açucareiro nem no de outras commodities a sustentação dos valores em patamar recorde por período tão longo. Na segunda semana do ano, houve ligeiro aumento das negociações no mercado paulista, mas ainda continuaram bem abaixo do que seria normal para esse período, de acordo com pesquisadores do Cepea. O motivo parece ser o recuo de compradores. No entanto, a baixa disponibilidade de produto para ser comercializado no spot assegurou a estabilidade dos preços. O Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) fechou a R$ 76,34/saca de 50 kg na terça, 18, com alta de 0,43% sobre a terça passada.

Fonte: Cepea
noticias agricolas

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Moagem de cana chega a 555 mi de toneladas na safra 2010/2011


Moagem de cana chega a 555 mi de toneladas na safra 2010/2011
Montante representa alta de 5,58% ante o mesmo período da safra anterior
Agência Estado
A moagem de cana-de-açúcar nas unidades produtoras da região Centro-Sul do país totalizou 2,44 milhões de toneladas na segunda quinzena de dezembro. O montante representa uma queda de 76,39% em relação ao mesmo período de 2009. No acumulado desde o início da safra 2010/2011, o volume processado alcançou 555 milhões de toneladas, alta de 5,58% ante o mesmo período da safra anterior. Os dados são da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

No início de janeiro, apenas 21 usinas encontravam-se em operação no Centro-Sul: 11 unidades no Estado de São Paulo, uma no Espírito Santo, duas em Minas Gerais, quatro em Mato Grosso de Sul e três no Paraná. Assim, as cifras apuradas até o momento sofrerão apenas acréscimos marginais nos períodos subsequentes, de modo que praticamente já se consideram esses os números finais da safra 2010/2011.

Nos últimos quinze dias de dezembro, a produção de açúcar atingiu 67,48 mil toneladas, somando 33,46 milhões de toneladas desde o início da safra até 31 de dezembro de 2010. Esta quantidade acumulada é 18,22% superior ao registrado em igual período de 2009, e 16,82% superior ao total produzido na safra 2009/2010.

Em relação à produção de etanol, foram produzidos 142,47 milhões de litros na segunda quinzena de dezembro, sendo 53,24 milhões de litros de etanol anidro e 89,23 milhões de litros de etanol hidratado. No acumulado desde o início da safra até dezembro de 2010, a produção alcançou 25,27 bilhões de litros, alta de 10,34% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Deste volume, 17,87 bilhões de litros referem-se ao etanol hidratado - crescimento de 6,25% sobre 2009 - e 7,41 bilhões de litros ao etanol anidro - alta de 21,64% relativamente ao mesmo período da safra passada.

Final da safra
Diante da expectativa de que a safra esteja praticamente encerrada, e comparando-se os números acumulados até dezembro com os dados finais da safra anterior, o aumento da moagem ficou em 2,41%, a produção de açúcar cresceu 16,82% e a de etanol 6,71%. Já quando se observa o desempenho dos produtos (etanol e açúcar), o aumento foi de 11,10% pelo mesmo critério.

Queda de produtividade
Quanto à produtividade agrícola do Centro-Sul, houve uma diminuição em 14,8% em dezembro comparativamente ao mesmo mês de 2009, seguindo a tendência observada a partir do segundo semestre de 2010. No acumulado desde o início da safra 2010/2011, este porcentual chega a 7,2%.

Mix de produção
Do volume total de cana-de-açúcar processado desde o início da safra até 31 de dezembro, 44,79% destinou-se à produção de açúcar, ante 43,12% observado no mesmo período de 2009. Na última quinzena de dezembro, este porcentual foi de 22,43%.

Já a proporção de matéria-prima direcionada à produção de etanol alcançou 77,57% na segunda quinzena de dezembro, 6,68 pontos percentuais superior ao registrado na mesma quinzena da safra 2009/2010.

A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 129,59 quilos na segunda quinzena de dezembro, contra 124,75 quilos obtidos no mesmo período da safra 2009/2010.

No acumulado desde o início da safra, a concentração de ATR aumentou em 7,79% em relação ao mesmo período de 2009, totalizando 141,28 quilos de ATR por tonelada de cana.



AGÊNCIA ESTADO

Montadores de tratores e máquinas agricolas vão ampliar área de exposição na Agrishow


Montadoras de tratores e máquinas agrícolas vão ampliar área de exposição na Agrishow
Edição do evento ocorre entre os dias 2 e 6 de maio em Ribeirão Preto, São Paulo
Agência EstadoGustavo Porto

As grandes montadoras de tratores e máquinas agrícolas ligadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) confirmaram a participação na edição 2011 da Agrishow, entre 2 e 6 de maio, em Ribeirão Preto (SP). De acordo com José Danghesi, gerente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, além de recuarem na proposta de participação a cada dois anos da feira, as companhias ampliaram entre 30% e 40% as áreas de exposição sobre 2010.

– Além do volume excelente de vendas em 2010, as companhias reconheceram a organização e a estrutura da feira do ano passado, com um novo plano diretor e com investimentos para todos – disse Danghesi.

– Muitos fabricantes de tratores, inclusive, já quitaram os contratos – completou o executivo.

Com a ampliação de tratores e colheitadeiras, a área total de exposição deve sair dos 160 mil metros quadrados para mais de 170 mil metros quadrados entre 2010 e 2011.

Danghesi explicou ainda que a Agrishow irá ampliar a regionalização dos setores de exposição, para facilitar o visitante.

– Neste ano teremos mais setores regionalizados, como irrigação, armazenagem, aviação, automobilístico, máquinas para construção, pecuária, o que permitirá que o visitante ande menos para encontrar e pesquisar a solução procurada – afirmou.

Com uma área total de 360 mil metros quadrados, a Agrishow 2011 deve reunir cerca de 730 marcas, de 45 países. Mais de 800 demonstrações de campo deverão ocorrer durante o evento.

– A área de comercialização está praticamente toda vendida, restando pouquíssimos espaços disponíveis – concluiu Danghesi. A Agrishow deve receber mais de 140 mil visitantes.

Entre as novidades da edição de 2011 da principal feira de agronegócios da América Latina estão uma exposição de cavalos da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina e uma oficina modelo do setor de ferramentas destinada ao produtor rural.



AGÊNCIA ESTADO

Cana de Açúcar: Safra supera expectativas de produtores e usinas de Alagoas


Cana-de-Açúcar: Safra supera expectativas de produtores e usinas de Alagoas
A safra da cana-de-açúcar está superando as expectativas dos agricultores e das usinas de Alagoas. O clima ajudou e a produção aumentou. O preço, em alta, também é motivo de otimismo.

Em Alagoas, o trabalho de moagem da cana está no pico. Uma usina que fica no município de São Miguel dos Campos estima colher 700 mil toneladas de cana, quase 20% a mais que na safra anterior. Cerca de 92% serão destinados à produção de açúcar, o restante se transforma em etanol.

No campo, seis máquinas colheitadeiras dão agilidade ao trabalho. Elas devem colher 42% da cana plantada pela própria usina. “Na próxima safra, nós pretendemos aumentar para oito ou 11 máquinas”, contou Marcos Pinto, gerente de colheita.

Outra usina que fica na região de Baixo São Francisco, no município de Penedo, vai colher 100 toneladas de cana a mais que na safra anterior. 20% da cana colhida vai ser destinada à produção de álcool, o restante vai para o açúcar. De acordo com o agrônomo da usina, o aumento da produção é resultado do investimento feito em irrigação na propriedade. A usina fica em uma região de chuvas escassas e solo árido, onde os tratos culturais aumentam os custos com a produção. “A gente investiu um pouco mais em irrigação e plantio. A expectativa para o ano é de uma condição ainda melhor porque este ano também está interessante o ritmo da chuva para a cultura da cana de açúcar”, disse Rômulo Patriota.

Há pouco mais de um mês para o fim da moagem, a usina já colheu 70% da área plantada, cerca de sete mil hectares. A colheita ainda é 100% manual, mil cortadores de cana foram contratados para trabalhar nesta safra. A maioria veio de municípios vizinhos. Eles recebem R$ 4,35 para cortar quatro toneladas de cana por dia. Acima desta quantidade, o valor sobe para R$ 4,60.

Mas não são somente os números da safra que favorecem o setor. A alta no preço do açúcar lá fora também está empurrando o preço da cana. Em setembro, no começo da safra, a tonelada era comercializada a R$ 40,00. Agora custa R$ 65,00. A previsão da safra 2010/2011 em todo o estado é de 27.500 mil toneladas de cana. Na anterior, foram produzidas 24 milhões de toneladas.

Alagoas é o principal produtor de cana da região Nordeste.
Fonte: Globo Rural

Etanol: Indicadores têm pequenas quedas em entressafra



Os preços dos etanóis caíram na semana passada no mercado paulista, mesmo em plena entressafra, de acordo com levantamentos do Cepea. A pressão veio do menor interesse comprador no mercado spot. Pesquisadores do Cepea explicam que, na semana anterior, distribuidoras fizeram reposição de estoques, o que diminuiu a necessidade de compras na semana passada (10 a 14 de janeiro). Dessa forma, o ritmo de negócios esteve mais lento no período, conforme pesquisas do Cepea. O Indicador semanal CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 1,2326/litro (sem impostos) entre 10 e 14 de janeiro, queda de 0,95% em relação à semana anterior. Para o hidratado, o Indicador semanal CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,1044/litro (sem impostos), também recuo de 0,95% no período.

Fonte: Cepea

sábado, 15 de janeiro de 2011


Reservas da Petrobrás sobem 7,5% em 2010
No total, as reservas ficaram em 15,986 bilhões de barris de óleo equivalente; pela primeira vez levantamento anual inclui áreas do pré-sal


Deste total, o Brasil detém 15,283 bilhões de barris, a área internacional, 703 milhões de barris. Já pelo critério da Securities and Exchange Commission (SEC), o aumento em relação ao ano passado, foi um pouco menor, de 5%, atingindo a 12,138 bilhões de barris de óleo equivalente. Deste total, o BRasil participa com 12,138 bilhões de barris e as reservas internacionais com 610 milhões de barris.

A Petrobrás não incorporou a totalidade das reservas de Lula e Carnambi, os únicos campos declarados comerciais em toda a reserva do pré-sal, e que são estimados em 8,5 bilhões de barris. A incorporação total destas áreas às reservas provadas da companhia ainda depende de uma série de critérios técnicos, entre eles o plano de desenvolvimento do campo.

Da Bacia de Santos, onde estão estes dois campos, a Petrobrás incorporou 1,071 bilhão de barris pelo critério SPE e 800 milhões de barris pelo critério SEC. A companhia ainda comunicou que incorporou da Bacia de Campos 210 milhões de barris pelo SPE e 100 milhões de barris pelo critério SEC

FONTE: ESTADÃO

Mantega volta a relacionar inflação à alta de commodities



Ministro salientou que o IPCA fechou 2010, por mais um ano, dentro do intervalo da meta


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu, mais uma vez, a maior inflação verificada no Brasil à alta das matérias-primas (commodities). Ele salientou que o IPCA fechou 2010, por mais um ano, dentro do intervalo da meta - o índice foi de 5,9% e a meta vai de 2,5% a 6,5% - e deve desacelerar em 2011, fechando em 5%. Mantega admitiu que as inundações em vários municípios brasileiros devem levar a mais aumentos nos preços dos alimentos.

De qualquer forma, o ministro prevê uma safra agrícola recorde, o que mostra que não há problemas de oferta. Mas ele explicou que os preços sobem porque o valor das commodities está elevado no Exterior, o que por outro lado tem um efeito positivo, porque aumenta a receita dos exportadores desses produtos.

Mantega destacou também que os preços administrados e de produtos manufaturados têm se comportado bem, o que é positivo para o cenário inflacionário. Ainda assim, o ministro disse que "o Banco Central está aí para atuar", se for necessário.

Em um relato sobre a reunião ministerial desta sexta, dia 14, Mantega disse que explicou a política cambial brasileira e que o governo busca evitar exageros. Ele salientou que o câmbio reflete a solidez do País e o fato de ser uma das economias que mais cresce no mundo. O ministro disse que o Brasil tem tomado medidas para impedir a volatilidade da moeda norte-americana e, segundo ele, se não fossem as atuações do governo, a taxa de câmbio já estaria na casa de R$ 1,45 a R$ 1,50 por dólar.

Outro tópico mencionado por Mantega sobre a reunião foi a política fiscal.

– Temos que fazer esforço de redução de gastos, principalmente de custeio – disse o ministro, destacando que será necessário racionalizar despesas, postergar compras e "fazer mais com menos".

De acordo com ele, os ministros foram orientados a avaliar o que pode ser reduzido ou postergado em suas despesas. Ele afirmou que o esforço será "duro" e tem que ser "levado a sério".

Mantega disse que o crescimento econômico do Brasil ocorrerá com solidez fiscal, com o custeio abrindo espaço para os investimentos crescerem.

Mantega disse que a mesma Medida Provisória que reajustará o salário mínimo para R$ 545,00, trará a formalização da política de reajuste do piso salarial do país. Segundo ele, será colocada em lei a atual regra que prevê a correção do mínimo pela inflação, mais a variação do PIB de dois anos antes. A regra valerá, segundo o ministro, até 2015.



AGÊNCIA ESTADO