O LIVREIRO

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Crescimento do setor de cana faz trabalhadores buscarem especialização


Crescimento do setor de cana faz trabalhadores buscarem especialização
Até o fim do ano, 7.000 trabalhadores de Ribeirão Preto vão assumir novas funções.
O aquecimento do setor de cana de açúcar tem impulsionado a especialização da mão-de-obra, que não quer perder postos de trabalho devido à mecanização da colheita.

Somente na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, cerca de 7.000 trabalhadores devem assumir novas funções nas 127 usinas do Estado.

De acordo com o Sérgio Prado, representante da Única (União da Indústria de Cana de Açúcar), apesar da industrialização da lavoura, grande parte dos trabalhadores que foram substituídos por máquinas deverão suprir a carência da mão de obra em outros setores.

Ele estima ainda que, no Estado de São Paulo, pelo menos 80 mil funcionários devem ser reaproveitados em outras áreas do setor sucroalcooleiro.

É o caso de Jovenilson Lemes de Almeida, que após trabalhar durante sete anos como cortador de cana, trocou o podão por uma colhedeira e garantiu seu emprego.

A expectativa dos trabalhadores da área é que o setor continue a crescer e, por isso, muitos têm seguido os passos de Jovenilson e aprendido outras funções.

O setor deve aquecer a economia principalmente no centro-sul do Brasil, região responsável por 90% da produção de cana no país. Somente em São Paulo, a produção é de 600 milhões de toneladas de cana de açúcar por ano.

Fonte: Portal R7

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Chuva já interrompe embarque de açúcar nos portos



Fabiana Batista, de São Paulo

Os embarques de açúcar foram paralisados ontem nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR) por causa das chuvas. Estima-se que o mau tempo prejudicará a exportação diária de pelo menos 80 mil toneladas do produto nos dois portos. A condição climática deve aumentar a espera das embarcações e, consequentemente, o pagamento de "demurrage" (multa de sobre-estadia de navios). Por dia extra, cada navio gera entre US$ 15 mil e US$ 30 mil de penalidade ao embarcador, ou seja, às tradings exportadoras de açúcar.


No porto de Santos, 41 navios aguardavam ontem para carregar. Em Paranaguá, outras 14 embarcações estavam na fila. "A espera é de 32 dias", afirmou Luiz Teixeira da Silva Júnior, chefe do departamento de operações de Paranaguá.


Os exportadores também estão preocupados com os baixos níveis dos estoques dos importadores. "Abastecemos várias refinarias no mundo e sabemos que as reservas estão baixas. Se o tempo ruim se prolongar para sete a dez dias, pode haver prejuízo no destino", disse Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, maior comercializadora de açúcar e álcool do país.


Os mercados que hoje mais demandam açúcar em regime de urgência são Canadá, Arábia Saudita e o Norte da África. "As refinarias que têm o Brasil como fornecedor costumam manter estoques baixos, pois sabem que no momento em que precisarem, conseguirão produto sem dificuldades. Mas nos deparamos com uma concentração de demanda dessa magnitude e, agora, com chuvas", afirmou.


Como é feito a céu aberto, o carregamento de açúcar no navio é suspenso quando chove. "O capitão do navio interrompe o carregamento para proteger a carga, pois ao final do carregamento ele assina documento garantindo que a carga está em ordem", diz Souza.


Para se ter uma ideia do quanto os terminais de açúcar forçam seus limites para embarcar o produto, de 1 a 13 de julho, todos os terminais brasileiros embarcaram 1,1 milhão de toneladas, uma média de 86 mil toneladas por dia. Nos 31 dias de julho de 2009, foram exportadas 1,68 milhão de toneladas - 54 mil toneladas diárias, segundo a Kingsman do Brasil.


"Estamos no limite em todo o sistema logístico. As usinas carregam açúcar em caminhões 24 horas por dia, quando o normal é apenas pela manhã. As rodovias também padecem de situação extrema", disse Souza. Segundo a Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR), que tem foco em cargas do agronegócio, faltam caminhões para levar açúcar das regiões produtoras até Santos. "Precisaríamos de 20% a 25% mais caminhões para atender toda a necessidade açucareira. Por conta dessa concentração, desde junho os fretes aumentaram 10%", diz Rogério Martins, diretor da ATR.
Fonte: valor economico

Adesão ao crédito para estocagem de etanol deve ser maior este ano



Linha de financiamento do BNDES é de R$ 2,4 bilhões e já está aprovada desde o início do mêsMariane De Luca | São Paulo (SP)
A adesão ao crédito para estocagem de etanol deve ser maior este ano. A previsão é da União das Indústrias de Cana-de-açúcar. A linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), R$ de 2,4 bilhões, já está aprovada desde o início do mês, mas só agora deve começar a chegar às usinas.

Não é de hoje que as usinas pedem ajuda ao governo para estocar etanol durante a safra e vender na entressafra. As indústrias explicam que só assim conseguem driblar o “sobe e desce” dos preços.

Com este objetivo, no ano passado, o setor negociou com o governo a criação de uma linha de crédito para a estocagem. Mas de acordo com o BNDES menos de 10% disso foi emprestado. As empresas não ficaram satisfeitas com as regras do financiamento. Além disso, muitas usinas estavam endividadas e não conseguiram aprovação na hora de tomar o empréstimo.

O governo está repetindo a medida este ano. Vai disponibilizar pelo BNDES R$ 2,4 bilhões a juros mais baixos. De 11,25%, a taxa passou para 9% ao ano.

A linha está aprovada há quase 15 dias, mas ainda não chegou de fato às usinas por confusões de regras do próprio BNDES. A principio, o crédito seria destinado só a empresas nacionais, já que a lei brasileira não permite que bancos estatais emprestem dinheiro para capital de giro a empresas estrangeiras. Depois de um vai-vem de avisos e circulares publicadas pelo banco, a questão foi esclarecida nesta terça-feira.

Em nota, o BNDES explicou que, no caso do etanol, estocagem é considerada investimento e não capital de giro. Por isso, o empréstimo está disponível para empresas com capital de qualquer origem. O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, disse que a questão da linha de credito já está resolvida. Mas pediu rapidez na liberação dos recursos para as usinas.



CANAL RURAL

Brasil e UE firmam acordos nas áreas de aviação e bioenergia



Avanços esperados nas negociações comerciais ainda não ocorreram Maíra Gatto | Brasília (DF)

Acordos nas áreas de aviação e bioenergia foram firmados nesta quarta, dia 14, em Brasília na quarta edição do Encontro Empresarial entre Brasil e União Européia. Os avanços esperados nas negociações comerciais ainda não ocorreram.

Duas parcerias tratam de questões ligadas a aviação civil. O número de vôos comerciais entre os dois continentes deve aumentar. Além disso, os acordos vão promover a troca de tecnologias e equipamentos. Uma terceira negociação envolve ainda Moçambique e trata de investimentos em bioenergia.

— Os avanços na área energética, os acordo de aviação vão abrir os céus da Europa para os produtos brasileiros. Isso vai permitir que usemos a experiência brasileira nessa área para produzir bioenergia em acordo com o meio ambiente — disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Empresários e representantes dos governos de países europeus e do Brasil estiveram reunidos ao longo do dia e também discutiram as possibilidades de novas parcerias comerciais, a relação com o meio ambiente e questões tributárias.

Os debates sobre a criação de um acordo comercial específico entre o Mercosul e a União Europeia não tiveram grandes avanços. Lula se comprometeu em investir na relação nos seus últimos meses de governo, porém os europeus deixaram claro que só aceitarão uma proposta que não cause prejuízo aos agricultores do bloco.

— É preciso que ambas as partes vejam vantagens, esperamos que o Mercosul avance com ofertas que sejam do nosso interesse — avaliou o presidente da Comissão Europeia, José Manoel Durão Barroso.

O que Brasil pode oferecer são produtos baratos e de qualidade e sem subsídios. O acordo é possível e tenho compromisso de nesses cinco meses tentar conversar com os franceses para sairmos com um resultado.



CANAL RURAL

domingo, 11 de julho de 2010

Com licença prévia, Petrobras prevê acoolduto para 2011


Com licença prévia, Petrobras prevê alcoolduto para 2011
A Petrobras informou nesta quarta-feira que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu Licença Prévia (LP) para as obras de um alcoolduto, cuja operação deve começar no segundo semestre de 2011, segundo nota da companhia.



Para a estatal, a LP atesta a viabilidade ambiental do projeto, coordenado pela PMCC Projetos de Transporte de Álcool S.A, uma parceria entre a Petrobras, Mitsui&Co. e Camargo Corrêa S/A.


"As companhias irão trabalhar para cumprir o atendimento às condicionantes da Licença Prévia com vistas à obtenção da Licença de Instalação, que possibilite o efetivo início das obras, tendo como meta a iniciar as operações do duto já na segunda metade de 2011", afirmou a Petrobras em comunicado ao mercado.


O novo duto terá o comprimento de 542 quilômetros em seu primeiro trecho, com capacidade para transportar até 12,9 bilhões de litros de etanol por ano.


O alcoolduto será construído seguindo uma "concepção lógica de utilizar faixa de dutos já existente, minimizando qualquer potencial de novo impacto ambiental, e simplificando a construção".


O investimento estimado para a implantação da linha é de 1,1 bilhão de dólares, de acordo com a Petrobras.


O trecho para o qual a licença foi concedida terá inicio no município mineiro de Uberaba e seguirá por outros 33 municípios no Estado de São Paulo, até o Vale do Paraíba paulista, onde será conectado a dutos já existentes na direção da Grande São Paulo, Rio de Janeiro e litoral paulista.


O sistema de dutos viabilizará o transporte de etanol das regiões produtoras no Centro-Oeste do país e noroeste paulista até os grandes centros consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro.


O alcoolduto visa reduzir os custos de exportação do biocombustível em um momento em que a estatal amplia a sua atuação em etanol, no norte e noroeste de São Paulo e no Centro-Oeste do país.


A Petrobras adquiriu neste ano participação importante na Guarani, com unidades em São Paulo, e investiu 420 milhões de reais em acordo com a São Martinho.


O investimento na São Martinho permite a expansão do negócio de etanol da estatal para o Centro-Oeste.


Além ser uma plataforma para exportação, o alcoolduto possibilitará levar o etanol até o litoral, de onde o combustível poderá ser transportado por cabotagem para outros Estados.


A Petrobras informou ainda que o sistema de alcoolduto terá ainda dois Centros Coletores, um em Uberaba (MG) e outro em Ribeirão Preto (SP), principal região produtora de etanol do país, com a finalidade de receber o biocombustível proveniente das usinas produtoras, principalmente através de transporte rodoviário.


De acordo com a Petrobras, os planos preveem também a ampliação da rede de alcoolduto até o Terminal de Senador Canedo (GO) e novos dutos ligando Paulínia à Hidrovia Paraná-Tietê e ao terminal marítimo de São Sebastião.


(Por Roberto Samora)
Fonte: www.estadao.com.br

Seca derruba safra de grãos pelo mundo


Seca derruba safra de grãos pelo mundo
Trigo é o produto que mais sofre na Ásia, Europa e Oceania, reflexo de transição entre o El Niño e o La Niña
A transição brusca do fenômeno climático El Niño para o La Niña está provocando uma forte seca em partes da Ásia, Oceania e Europa. A falta de chuvas afetou o desenvolvimento de lavouras importantes como trigo e arroz e tem impactado os preços no mercado internacional de grãos.

Três grandes produtores de trigo - Rússia, Austrália e França - reduziram esta semana suas previsões para a safra de 2010/11. A situação é preocupante também na Tailândia, o maior exportador mundial de arroz, onde 60% do país está há meses sem chuvas.

"Temperaturas altas dominaram nesta primavera [no Hemisfério Norte], tornando o estresse hídrico ainda pior", afirmou ao Valor Gail Martell, meteorologista agrícola da Martell Crop Projections, dos EUA. Segundo ela, a transição "forte e abrupta" de um cenário de El Niño (aquecimento do oceano) para o de La Ninã (esfriamento do oceano) provocou um descompasso no clima.

Na Rússia, onde a seca já é considerada a pior em dez anos, o governo estendeu ontem o estado de emergência para 14 localidades. Agricultores da região do Rio Volga, a mais afetada no país, deram início à colheita de trigo com uma semana de antecedência para escapar do clima ruim.

Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura russo reduziu em 5,6% sua previsão de safra de grãos no ciclo 2010/11, de 87,5 milhões de toneladas para 85 milhões de toneladas; na safra anterior, a produção alcançou 97 milhões de toneladas. O trigo será especialmente afetado. A seca e o calor reduziram em 3,5% a estimativa de colheita, que passa a ser de 55 milhões de toneladas.

A safra de trigo da Austrália - o quarto maior produtor mundial - também sofre com a seca. Junho foi um dos meses mais secos da história do país, que deve produzir 22,5 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O serviço de meteorologia do Reino Unido apontou para a mesma direção: informou que o primeiro semestre do ano foi o mais seco no país desde 1929. A temperatura na França e na Alemanha, os dois maiores produtores de trigo da União Europeia, passou dos 30° C esta semana. A precipitação em regiões produtoras francesas ficou entre 60% e 80% do normal para esta época.

"As condições meteorológicas atuais irão reduzir a produção de trigo da França, que, sem dúvida, ficará menor que a estimativa do governo", disse Michel Portier, diretor da consultoria agrícola Agritel, à Bloomberg. "A previsão oficial ainda é um tanto otimista".

No mesmo dia veio a resposta: Paris reduziu sua projeção para a safra de trigo atual em 2,5%, para 35,3 milhões de toneladas.

Para especialistas em clima e agricultura, a seca que assola a Ásia e a Europa preocupa. Um estudo realizado recentemente pelas Universidades Estaduais de Iowa e Kansas, nos EUA, mostra que o desenvolvimento do trigo de inverno sob temperatura de 35° C é quase 80% inferior ao de grãos sob temperaturas de 20° C.

O arroz é outra commodity sob risco. Na Tailândia, o maior exportador mundial do cereal, a produção poderá recuar para o menor nível em oito anos devido à seca e aos estragos provocados por ataques de gafanhotos. A estimativa do governo de produção para arroz branco 100% B, uma referência na Ásia, foi rebaixada para 23 milhões de toneladas, queda de 0,9% em relação à estimativa anterior.

Em entrevista à Dow Jones, Concepción Calpe, economista da Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), foi mais pessimista: disse que a produção tailandesa de arroz poderá ficar em 22 milhões de toneladas no ano fiscal que se iniciará em outubro. Se confirmada, será a pior safra desde 2002. "Mantemos a previsão de queda", disse Calpe.

A estiagem já atinge 44 províncias da Tailândia, quase 60% do território do país, e provocou prejuízos de US$ 432 milhões, segundo o governo local. Para a Associação de Processadoras de Arroz da Tailândia, a oferta menor no mercado internacional pode levar os preços do arroz 100% B para US$ 500,00 a tonelada até o fim deste ano. Essa variedade representa 75% do total de arroz produzido no país.

Na China, a falta de chuvas tem afetado a qualidade do trigo, por isso o país deve dobrar as importações do cereal do Canadá.

Os problemas climáticos no Hemisfério Norte têm mexido com os preços nas bolsas de commodities. Ontem, por exemplo, o trigo teve alta de 23 centavos de dólar em Chicago, a maior desde janeiro, e atingiu US$ 5,3050 por bushel.

É o mercado climático, observa Paulo Molinari, analista da Safras&Mercado. Assim, no primeiro sinal de quebra de safra de trigo em países produtores há reflexo nos preços globais. Ele pondera, porém, que mesmo com eventuais perdas os estoques mundiais de trigo estão em níveis elevados - a projeção é de 194 milhões de toneladas na safra 2010/11. "A quebra contribui para que os preços não caiam, já que deve ocorrer diminuição dos estoques". O quadro acaba influenciando ainda as cotações de milho, pois são produtos substitutos. No caso da soja, o reflexo vem do fato que a oleaginosa concorre com milho por área.

O professor Fernando Homem de Mello, especialista em economia agrícola da Universidade de São Paulo, também não acredita em impacto expressivo nos preços internacionais em decorrência dos problemas climáticos atuais. Mas observa que é necessário ficar atento à safra americana de grãos, que será colhida no segundo semestre.

Agora, diz Molinari, excesso de chuvas no Meio-Oeste dos EUA preocupa, mas ele observa que a expectativa é de safras recordes, para o milho e para soja. A projeção é de uma produção de 339 milhões de toneladas de milho e de 90 milhões de soja.

Fonte: Valor Econômico

Eletrobras e setor privado vão construir usinas hidrelétricas no peru


Eletrobras e setor privado vão construir usinas hidrelétricas no Peru
Excedente da produção será destinado ao mercado brasileiro
A Eletrobras e o setor privado vão construir de quatro a seis usinas hidrelétricas, envolvendo cerca de 7 mil megawatts de energia, para atender o mercado peruano e trazer o excedente para o Brasil. Segundo o presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopez, a iniciativa faz parte de um acordo assinado no último dia 15, em Manaus (AM), entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan Garcia, do Peru.

– O presidente Alan Garcia colocou à disposição do presidente Lula a proposta para a construção de 15 usinas na Cordilheira dos Andes. Inicialmente, estuda-se a construção de quatro a seis unidades com capacidade instalada de 7 mil megawatts – disse Lopez.

Segundo o presidente da Eletrobras, o momento atual do acordo é de ajustes:

– Paralelamente aos estudos técnicos e de viabilidade econômica dos projetos, tivemos que estabelecer as formas de relacionamentos entre os países – ressaltou.

José Antônio Muniz Lopez afirmou que o tratado é que vai ditar os termos legais para que se possa desenvolver o aproveitamento do potencial da região.

– A primeira dessas usinas terá sua obra iniciada, no mais tardar, no começo do ano, com entrada em produção prevista para ocorrer a partir do final de 2016.

O presidente da estatal disse também que os estudos estão sendo desenvolvidos em parceria com a iniciativa privada.

– Há vários rios diferentes naquela região com potencial para gerar energia, e estamos analisando sempre com a parceria de empresas privadas, como a Norbert, Andrade, Cevix e várias outras empresas brasileiras – concluiu Lopez.



AGÊNCIA BRASIL

Cais de São Francisco do sul terá 14 metros


Cais de São Francisco do Sul terá 14 metros
Obra custará R$ 98 milhões
O Ministério dos Portos iniciou nesta sexta, dia 9, obra de dragagem de aprofundamento no Porto de São Francisco do Sul, Santa Catarina, que custará R$ 97,9 milhões. Com a obra, o cais do porto sairá dos atuais 12 metros para 14 metros.

A obra está prevista no Programa Nacional de Dragagem (PND), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Porto de São Francisco do Sul, situado na Baía da Babitonga, é um dos principais pontos de entrada e saída de mercadorias do Sul do Brasil.

De acordo com o projeto, o porto passará pelo processo de dragagem
(retirada de sedimentos) e derrocagem (retirada de pedras). Serão dragados 4,3 milhões de metros cúbicos. Dois grandes equipamentos estão sendo deslocados para a execução dos trabalhos: a draga Sea Way, vinda de Buenos Aires, com 13.255 metros cúbicos de cisterna, que fará a dragagem do canal externo e interno em seis meses; e a draga Hippopotes, de 1600 KW, que irá retirar o material que será perfurado e detonado, na segunda fase.

O PND prevê processo de dragagem em 18 portos do país.



AGÊNCIA SAFRAS

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aprovado relatório de alteração do Código Florestal brasileiro na Comissão Especial


Aprovado relatório de alteração do Código Florestal brasileiro na Comissão Especial
Após pausa, o presidente da Comissão Especial que altera o atual Código Florestal Brasileiro, Moacir Micheletto (PMDB-PR) dá início à votação no Plenário 2 da Câmara. Por maioria, a votação será nominal, apesar de contestação de alguns deputados.

Anselmo de Jesus
O deputado parabenizou os participantes pelo andamento das sessões e pede aos parlamentares que façam vitorioso o relatório de Aldo Rebelo.


Sarney Filho - PV/MA
O deputado Sarney Filho se posicionou contra o substitutivo do Código Florestal, afirmando que as mudanças prejudicam o andamento da preservação ambiental lendo um manifesto assinado por diversas entidades. Além disso, Filho insistiu ainda na teoria de que por conta da proximidade das eleições, a discussão torna-se emocional, quando deveria ser racional.

Luiz Carlos Heinze - PP/RS
O deputado do PP/RS defendeu as mudanças do Código Florestal e aprovação do relatório mostrando ser essa a melhor solução para tirar agricultores da ilegalidade e assim contribuir para o progresso do país. Heinze defende ainda a instituição da moratória, entre outros pontos que amparam e contribuem para a preservação ambiental. O parlamentar encerrou lamentando a atitude de entidades ambientais diante de uma melhoria para o Brasil enquanto acontecem desastres prejudiciais em outros países.


Edson Duarte - PV/BA
"Começamos mal e vamos terminar pior", diz o deputado Edson Duarte (PV/BA), afirmando que a alteração se faz desnecessária, uma vez que acredita ser uma ponte apenas para o alcance dos interesses do agronegócio.

Ivan Valente - PSOL/SP
Deputado se dirige diretamente a Aldo Rebelo, afirmando que as mudanças feitas pelo relator se mostram ineficientes diante dos problemas das pequenas propriedades e da preservação ambiental.

Aldo Rebelo - PCdoB/SP
O relator da Comissão Especial afirma que os dirigentes do MST também reivindicaram mudanças no Código para que pudessem ser viabilizados na produção de alimentos, justificando as declarações de Ivan Valente e mostrando que o objetivo é atender a todas as parcelas da sociedade. Além de movimentos sociais, recebeu também o pleito de líderes de trabalhadores do campo, e os atendeu procurando resolver "problemas que estavam sem solução".

Deputados favoráveis à aprovação do relatório afirmam que as alterações tranquilizam os produtores rurais, principalmente os menores, que são muito prejudicados pela legislação atual. Além disso, apontam como o atual Código limita os produtores em estados como o Rio Grande do Sul.

Votos já dados


PSOL - Contra
PV - Contra
PPS - A favor
PTB - A favor
PDT - sem voto por ausência do líder
PP - A favor
DEM - A favor
PSDB - A favor
Duarte Nogueira - PSDB/SP
Parabeniza o presidente, o relator e os participantes da Comissão, afirmando que o debate a cerca das mudanças desfaz o mito de que o Código não deveria ser mexido, afirmando que o Brasil se beneficia e com o relatório aprovado e não fica mais "congelado".


Fonte: Redação NA

Dilma apresenta progama de Governo que estimula invasões de terra, mas depois recua


Dilma apresenta programa de Governo que estimula invasões de terra, mas depois recua
Versão inicial propunha taxar fortunas, combater "monopólio da mídia" e dificultar a reintegração de posse nas terras invadidas. Repercussão levou o PT, que divulgou a proposta como oficial, a registrar nova versão do texto no TSE no início da noite
O programa de governo de Dilma Rousseff registrado no final da manhã de ontem pelo PT propunha taxação de grandes fortunas, combate ao "monopólio da mídia" e realização de audiência prévia para reintegração de terras invadidas por sem-terra.

Após a repercussão das propostas, principalmente na internet, o PT recuou, voltou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no início da noite, retirou o texto e apresentou nova redação sem os pontos mais polêmicos.

Denominado de "A grande transformação", o primeiro programa de governo foi protocolado no fim da manhã no TSE. Além dos pontos polêmicos, o texto não contemplava as propostas de partidos aliados, como o PMDB.

Oficialmente, o PT afirmou que cometeu um erro técnico e entregou à Justiça Eleitoral um texto desatualizado, datado de 19 de fevereiro.

A Folha apurou, porém, que uma ala da campanha optou deliberadamente por apresentar como programa de Dilma o texto aprovado no congresso do partido, em fevereiro, com concessões às alas mais à esquerda.

Na ocasião, os dirigentes petistas afirmaram que essas propostas seriam diluídas na elaboração final do programa de governo e que era tarefa do partido "puxar para a esquerda" para depois negociar um programa final, principalmente com o PMDB.
Mas no final da tarde de ontem a coordenação da campanha chegou à conclusão de que, por conta de reação de aliados e de propostas que a própria candidata não endossou -como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais-, o texto deveria ser substituído.

RECUO
Antes da decisão, a primeira versão do programa de governo foi divulgada durante toda a tarde nos sites oficiais do PT e da campanha, como a notícia principal.

No início da noite, o secretário de comunicação do partido, André Vargas (PR), ainda sustentava que a decisão de apresentar o texto foi da coordenação da campanha.

"Não há problema em ter pontos polêmicos nele. Nós somos polêmicos. Isso não é problema, é qualidade. Agora, é um texto provisório que vai ser sempre discutido."

O novo documento protocolado no TSE suprimiu o compromisso com a redução da jornada, a taxação das grandes fortunas e as mudanças na política agrária.

O PT manteve na segunda versão do programa a afirmação de que o texto ainda é preliminar e receberá contribuição dos nove partidos que compõem a aliança.

A entrega das propostas de governo no registro da candidatura é uma nova exigência da Lei Eleitoral, aprovada pelo Congresso em 2009.

Petista se nega a prometer redução da carga tributária e frustra empresários

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, frustrou empresários que se reuniram ontem para conhecer suas ideias ao evitar se comprometer com a diminuição da carga tributária do país.

Dilma reconheceu que o sistema atual é "caótico" e afeta a competitividade das empresas, mas disse que é necessário manter o equilíbrio fiscal do setor público e evitar perdas de receita.
A candidata petista defendeu medidas que livrem de tributos os investimentos produtivos e diminuam o peso dos impostos cobrados sobre a folha de salários das empresas, mas expôs suas ideias em termos genéricos.

"Não pode ser [reduzido] a zero, porque, se for a zero, quebra a Previdência", disse Dilma, referindo-se aos tributos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas.
Ao discutir o peso dos impostos sobre as tarifas de eletricidade, ela disse que sua redução pode arruinar os Estados. "Tem que haver um balanceamento para saber em que condições, sem criar uma crise fiscal, se pode fazer essa redução", afirmou.

Participaram do encontro 486 associados do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Segundo uma enquete feita com eles, 85% apontam a elevada carga tributária como principal obstáculo à expansão de suas empresas.

Empresários saíram insatisfeitos. "As respostas foram muito genéricas, sinal de que ela ainda não tem um projeto amadurecido", disse o presidente da fabricante de brinquedos Estrela, Carlos Tilkian. "Depois de oito anos no governo, eles podiam pelo menos ter um projeto."

Ao responder a uma pergunta da plateia, Dilma não quis especular sobre o que faria se fosse eleita presidente e, em 2014, Lula quisesse se candidatar novamente ao cargo: "Quando chegar a hora a gente discute isso", afirmou.

Fonte: Folha de S. Paulo