O LIVREIRO

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Venda de etanol soma 2,3 bi de litros em outubro


Venda de etanol soma 2,3 bi de litros em outubro
18 de novembro de 2010 - 16:45h
Autor: DCI

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da Região Centro-Sul somaram 2,30 bilhões de litros em outubro, dos quais 632,06 milhões de litros de etanol anidro e 1,67 bilhão de litros de etanol hidratado. Deste volume total, 2,11 bilhões de litros destinaram-se ao mercado doméstico e somente 191,18 milhões de litros às exportações, informa a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).

No mercado interno, houve forte crescimento nas vendas de etanol anidro que, em outubro, alcançaram 573,90 milhões de litros, 12,07% superior ao mesmo mês de 2009. Nos últimos 20 dias de outubro, o volume comercializado somou 292,30 milhões de litros, ante 281,61 milhões de litros na quinzena passada.

As vendas domésticas de etanol hidratado, por sua vez, totalizaram 1,53 bilhão de litros em outubro, queda de 2,81% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

As vendas acumuladas de anidro nesta safra, considerando as direcionadas ao abastecimento doméstico e ao mercado externo, somam 4,22 bilhões de litros, alta de 2,69% comparativamente a igual período de 2009. Em relação ao hidratado, o volume chega a 11,38 bilhões de litros, contra 12,26 bilhões de litros registrados no último ano.

A Unica destaca o incremento das vendas internas de etanol para outros fins na safra 2010/2011. Entre abril a outubro, estas atingiram 633,62 milhões de litros, 15,21% superior a igual período de 2009

FONTE: só noticias

Moagem de cana no centro-sul do brasil supera 500 mi toneladas


Moagem de cana no centro-sul do Brasil supera 500 mi toneladas
A moagem na segunda metade do mês passado somou 30,12 milhões de toneladas, alta de 15 por cento ante a quinzena anterior, quando períodos de chuva atrapalharam as atividades

17/11/2010 | 15:42 | reuters
Comunicar errosRSSImprimirEnviar por emailReceba notícias pelo celularReceba boletinsAumentar letraDiminuir letraA moagem de cana no centro-sul do Brasil na safra 2010/11 atingiu 500,9 milhões de toneladas até o dia 1o de novembro, volume 12,6 por cento superior ao de igual período no ano passado, informou nesta quarta-feira a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

A moagem na segunda metade do mês passado somou 30,12 milhões de toneladas, alta de 15 por cento ante a quinzena anterior, quando períodos de chuva atrapalharam as atividades.

"A perspectiva é de redução progressiva na quantidade de cana-de-açúcar processada a partir da próxima quinzena, isso porque o número de unidades produtoras em operação está em contínuo declínio", afirmou o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues.

A produção de açúcar no acumulado da safra aumentou 23,9 por cento ante o mesmo período de 09/10, para 30,5 milhões de toneladas.

Até 1.º de novembro, a produção de etanol havia crescido 18,6 por cento em relação à mesma época do ano passado, para 22,95 bilhões de litros.

Segundo a entidade, 44 unidades produtoras já encerraram as atividades em 2010/11. Em igual período do ano passado, apenas cinco usinas haviam terminado de moer. Com um ano bem mais seco do que o anterior, a moagem se acelerou no centro-sul.

"Segundo levantamento feito pela Unica, em parceria com os demais sindicatos e associações do Centro-Sul, a estimativa é de que até o final de novembro cerca de 140 usinas finalizem suas operações, contra apenas 15 unidades na safra passada", acrescentou Pádua.

"Estes números evidenciam o encerramento precoce da atual safra em muitas regiões, decorrente da menor oferta de matéria-prima", afirmou o dirigente.

A Unica citou dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) informando que a quebra agrícola do canavial colhido em outubro atingiu 18,41 por cento, valor superior aos 15,77 por cento observados no mês de setembro.

No acumulado desde o início da safra, a redução da produtividade agrícola, devido ao tempo mais seco que o normal, atingiu 5,75 por cento.

Já a quantidade de ATR (açúcar total recuperável) por tonelada de matéria-prima foi de 142,42 kg no acumulado da safra, aumento de 7,42 por cento em relação ao mesmo período de 2009.

FONTE: gazeta do povo

Dilma convida Mantega a ficar na fazenda, e ele aceita


Dilma convida Mantega a ficar na Fazenda, e ele aceita
A presidente eleita, Dilma Rousseff, fez nesta quinta-feira o convite para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, continue à frente do cargo a partir de janeiro do ano que vem, como a Folha informou hoje. Segundo a Folha apurou, o ministro aceitou o convite.
A conversa, inicialmente prevista para ontem, ocorreu hoje na Granja do Torto e durou cerca de duas horas e meia. Na mesma reunião estavam presentes também o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e o assessor da petista, Giles Azevedo, cotado para ser chefe de gabinete do próximo governo.

A manutenção de Mantega no cargo tem um dedo de Lula: em reunião anteontem à noite no Palácio da Alvorada, o presidente voltou a defender a manutenção de Mantega no comando da Fazenda.

Dilma não fará o anúncio oficial até que ela defina um nome para a Presidência do Banco Central, o que deve ocorrer nos próximos dias. Dessa forma, anunciará a equipe econômica em bloco.

BANCO CENTRAL

Dilma preferia trocar a presidência do BC, mas diminuiu sua resistência em manter Henrique Meirelles porque está preocupada com uma piora da economia mundial e seus efeitos no Brasil no começo de seu governo.

Ela voltou de Seul, onde participou de reunião do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), disposta a reavaliar a sugestão de Lula para manter Meirelles no BC.

Fonte: Folha de S. Paulo
noticias agricolas

Mais de 40 usinas do centro-sul do Brasil encerraram moagem da safra 2010/2011


Mais de 40 usinas do centro-sul do Brasil encerram moagem da safra 2010/2011
Segundo analistas de mercado, o encerramento precoce não representa um problema para

Quarenta e quatro usinas do centro-sul do Brasil já encerraram a moagem da safra 2010/2011. Até o fim de novembro mais 140 devem finalizar a operação. Os dados foram divulgados nesta quarta, dia 17, pela União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica). Segundo analistas de mercado, o encerramento precoce não representa um problema para o setor.

O levantamento divulgado pela entidade revela que ate o dia primeiro de novembro foram processadas mais de 500 milhões de toneladas de cana, 12% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o ritmo da moagem deve cair nos próximos quinze dias, de acordo com a Unica. Isso porque o número de usinas em atividade vem diminuindo de forma gradativa. Em outubro, o número de usinas que já haviam encerrado as operações é quase três vezes maior do que o registrado em igual período de 2009, quando 15 tinham feito o encerramento. O motivo, segundo as indústrias, seria uma menor disponibilidade de matéria-prima, causada pela quebra na safra. Já o analista Julio Maria Borges acredita que o encerramento precoce não significa que houve redução na oferta de cana.

– O fato de antecipar o encerramento da safra não significa que é porque faltou cana, significa que não choveu no outono e no inverno. Esta safra é maior, é recorde, excelente – diz.

No acumulado do ano, o levantamento das indústrias revela que a qualidade da cana melhorou. Porém, a expectativa é de um menor rendimento de açúcares a partir de novembro o que pode estimular a opção pelo etanol nas usinas.

Julio Maria Borges crê que para a entressafra a perspectiva é de uma maior oferta do biocombustível. Já no mercado do açúcar, a previsão é de equilíbrio.

– No caso do álcool existe o risco de preços caírem, o que não é tão bom. No caso do açúcar os preços devem continuar altos com algum viés de baixa possível pode acontecer – avalia o analista de mercado.



CANAL RURAL

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Etanol anidro ganha mercado




As vendas de etanol anidro para o mercado interno pelas usinas do Centro-Sul do país foram de 573,9 milhões de l em outubro, alta de 12,07%, ante o mesmo mês de 2009. As de etanol hidratado foram de 1,53 bilhões de l, queda de 2,81%. As vendas para o mercado externo somaram 191,2 milhões de l.


No acumulado da safra 2009/2010, as vendas totalizaram 4,22 bilhões de l de etanol anidro, com alta de 2,69%. A venda de etanol hidratado caiu 7,17%, somando 11,38 bilhões de l, contra 12,26 bilhões de l no ano passado. A produção do biocombustível atingiu 22,95 bilhões de litros até o fim de outubro, sendo 16,63 bilhões de l de hidratado e 6,32 bilhões de l de anidro.


A parcela da moagem de cana-de-açúcar destinada a produção de etanol caiu de 57,99% na primeira quinzena de outubro para 53,9% até o fim do último mês. O deslocamento do mix da produção refletiu o aumento da concentração de açúcar na matéria-prima, que passou de 143,43 kg/t de cana para 145,87 kg/t de cana.


A moagem de cana-de-açúcar atingiu 30,12 milhões de t na segunda quinzena de outubro, alta de 15,21% em relação a quinzena anterior. No acumulado da safra, o montante atinge 500,88 milhões de t, 12,64% maior em relação à safra anterior. O crescimento da moagem foi devido às condições favoráveis a colheita e o dia a mais na segunda parte do mês. A expectativa é de redução progressiva na quantidade de cana processada até o fim da safra

fonte: ctc

Brasil apresenta a outros paises programas de estimulo à agricultura familhiar



Aquisição de produtos para a alimentação escolar está entre os principais fatores de incentivo
Representantes de países do Mercosul, do Continente Africano e da Índia estão reunidos nesta terça, dia 16, em Brasília para ouvir informações do governo brasileiro sobre a prática da agricultura familiar e seu papel social e econômico. A coordenadora-geral do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), desenvolvido pelo Ministério da Educação, Albaneide Campos, destacou que 2,6 mil municípios brasileiros compram alimentos da agricultura familiar.

Segundo ela, ainda existem localidades no país onde não há merendeiras para atender os alunos nas escolas. Há estabelecimentos que também não contam com o fornecimento de energia elétrica e de instalações para armazenamento, o que traz dificuldades para o maior sucesso do programa.

De acordo com Albaneide Campos, há oito anos o Pnae gastava com alimentação escolar R$ 954 milhões e a conta hoje é de R$ 3 bilhões por ano, no atendimento a 47 milhões de alunos. Ela afirmou que a alimentação escolar “é uma questão de saúde e também de educação, pois o estudante começa a entender a importância de cada alimento para a sua saúde”.

Do total de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 30%, no mínimo, têm que ser empregados na aquisição de alimentos da agricultura familiar ou do Programa Empreendedor Rural Familiar, informou a coordenadora.

O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adoniran Sanches, afirmou que os programas sociais e o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo (PAA) contribuem para gerar “ciclos de consumo que elevam o padrão de vida das populações mais pobres”. Para ele, a pobreza rural no Brasil deverá estar reduzida até 2012 acima das previsões da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo Sanches, 150 mil famílias que produzem no sistema de agricultura familiar fornecem alimentos para o PAA. O programa, conforme o secretário, “funciona de forma ampla, como ferramenta estratégica para a redução da pobreza, leva à consolidação econômica das famílias rurais, estimulando também o hábito de consumir alimentos saudáveis. A participação do governo no sistema de compras de alimentos evita o aumento de custos pela ação de atravessadores".

Os representantes estrangeiros estão reunidos no Centro de Convenções Brasil 21, na preparação da 14ª Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul que vai ser aberta nesta quinta, dia 18.




AGÊNCIA BRASIL
canal rural

Mantega diz que medidas contra desvalorização do dólar têm surtido efeito



Ministro da Fazenda participou na semana passada da reunião do G20 em Seul, na Coreia do Sul
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou nesta terça, dia 16, que as medidas cambiais adotadas pelo governo para reduzir o desequilíbrio entre o real e o dólar têm surtido efeito. Mantega, que participou na semana passada da reunião do G20 em Seul, na Coreia do Sul, desembarcou em Brasília no final da manhã vindo de São Paulo, onde passou o feriado.

Jornalistas que acompanham a área econômica perguntaram ao ministro se a elevação do dólar, acima de R$ 1,70, durante a manhã desta terça, é uma consequência das medidas adotadas pelo governo.

– Com certeza, mas não é só isso – respondeu Mantega rapidamente, ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Ele, no entanto, não deixou claro se a melhora no câmbio depende de novas medidas no Brasil ou de iniciativas globais.

Da reunião do G20 (que reúne as maiores economias mundiais), também participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta eleita, Dilma Rousseff, convidada especial do grupo e do governo sul-coreano.

Ao final, os participantes definiram que se reunirão, em fevereiro, em Paris, para analisar as medidas tomadas unilateralmente. A ideia é que cada país adote decisões de fortalecimento interno de suas economias, mas que não afetem o equilíbrio global.

Durante as plenárias do G20, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, foram cobrados pelos demais participantes da cúpula sobre as medidas adotadas por eles que acentuaram a guerra cambial e o desequilíbrio da economia como um todo.



AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sai o primeiro selo verde para usinas de açucar e etanol

As usinas São Francisco e Santo Antônio, de Sertãozinho (SP), foram as primeiras no País a receber certificação da Rede de Agricultura Sustentável, que comprova boa prática ambiental. A certificação permite às empresas, que fazem parte do grupo Balbo e produzem o açúcar da marca Native, o uso do selo Rainforest Alliance Certified, reconhecido no mundo todo.

"Trata-se do primeiro selo verde para o setor de açúcar e álcool. Esperamos que outras indústrias se interessem pela certificação", diz Luís Fernando Guedes Pinto, secretário executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, responsável pela certificação.
FONTE: www.estadao.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Crescimento do setor de cana faz trabalhadores buscarem especialização


Crescimento do setor de cana faz trabalhadores buscarem especialização
Até o fim do ano, 7.000 trabalhadores de Ribeirão Preto vão assumir novas funções.
O aquecimento do setor de cana de açúcar tem impulsionado a especialização da mão-de-obra, que não quer perder postos de trabalho devido à mecanização da colheita.

Somente na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, cerca de 7.000 trabalhadores devem assumir novas funções nas 127 usinas do Estado.

De acordo com o Sérgio Prado, representante da Única (União da Indústria de Cana de Açúcar), apesar da industrialização da lavoura, grande parte dos trabalhadores que foram substituídos por máquinas deverão suprir a carência da mão de obra em outros setores.

Ele estima ainda que, no Estado de São Paulo, pelo menos 80 mil funcionários devem ser reaproveitados em outras áreas do setor sucroalcooleiro.

É o caso de Jovenilson Lemes de Almeida, que após trabalhar durante sete anos como cortador de cana, trocou o podão por uma colhedeira e garantiu seu emprego.

A expectativa dos trabalhadores da área é que o setor continue a crescer e, por isso, muitos têm seguido os passos de Jovenilson e aprendido outras funções.

O setor deve aquecer a economia principalmente no centro-sul do Brasil, região responsável por 90% da produção de cana no país. Somente em São Paulo, a produção é de 600 milhões de toneladas de cana de açúcar por ano.

Fonte: Portal R7

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Chuva já interrompe embarque de açúcar nos portos



Fabiana Batista, de São Paulo

Os embarques de açúcar foram paralisados ontem nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR) por causa das chuvas. Estima-se que o mau tempo prejudicará a exportação diária de pelo menos 80 mil toneladas do produto nos dois portos. A condição climática deve aumentar a espera das embarcações e, consequentemente, o pagamento de "demurrage" (multa de sobre-estadia de navios). Por dia extra, cada navio gera entre US$ 15 mil e US$ 30 mil de penalidade ao embarcador, ou seja, às tradings exportadoras de açúcar.


No porto de Santos, 41 navios aguardavam ontem para carregar. Em Paranaguá, outras 14 embarcações estavam na fila. "A espera é de 32 dias", afirmou Luiz Teixeira da Silva Júnior, chefe do departamento de operações de Paranaguá.


Os exportadores também estão preocupados com os baixos níveis dos estoques dos importadores. "Abastecemos várias refinarias no mundo e sabemos que as reservas estão baixas. Se o tempo ruim se prolongar para sete a dez dias, pode haver prejuízo no destino", disse Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, maior comercializadora de açúcar e álcool do país.


Os mercados que hoje mais demandam açúcar em regime de urgência são Canadá, Arábia Saudita e o Norte da África. "As refinarias que têm o Brasil como fornecedor costumam manter estoques baixos, pois sabem que no momento em que precisarem, conseguirão produto sem dificuldades. Mas nos deparamos com uma concentração de demanda dessa magnitude e, agora, com chuvas", afirmou.


Como é feito a céu aberto, o carregamento de açúcar no navio é suspenso quando chove. "O capitão do navio interrompe o carregamento para proteger a carga, pois ao final do carregamento ele assina documento garantindo que a carga está em ordem", diz Souza.


Para se ter uma ideia do quanto os terminais de açúcar forçam seus limites para embarcar o produto, de 1 a 13 de julho, todos os terminais brasileiros embarcaram 1,1 milhão de toneladas, uma média de 86 mil toneladas por dia. Nos 31 dias de julho de 2009, foram exportadas 1,68 milhão de toneladas - 54 mil toneladas diárias, segundo a Kingsman do Brasil.


"Estamos no limite em todo o sistema logístico. As usinas carregam açúcar em caminhões 24 horas por dia, quando o normal é apenas pela manhã. As rodovias também padecem de situação extrema", disse Souza. Segundo a Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR), que tem foco em cargas do agronegócio, faltam caminhões para levar açúcar das regiões produtoras até Santos. "Precisaríamos de 20% a 25% mais caminhões para atender toda a necessidade açucareira. Por conta dessa concentração, desde junho os fretes aumentaram 10%", diz Rogério Martins, diretor da ATR.
Fonte: valor economico

Adesão ao crédito para estocagem de etanol deve ser maior este ano



Linha de financiamento do BNDES é de R$ 2,4 bilhões e já está aprovada desde o início do mêsMariane De Luca | São Paulo (SP)
A adesão ao crédito para estocagem de etanol deve ser maior este ano. A previsão é da União das Indústrias de Cana-de-açúcar. A linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), R$ de 2,4 bilhões, já está aprovada desde o início do mês, mas só agora deve começar a chegar às usinas.

Não é de hoje que as usinas pedem ajuda ao governo para estocar etanol durante a safra e vender na entressafra. As indústrias explicam que só assim conseguem driblar o “sobe e desce” dos preços.

Com este objetivo, no ano passado, o setor negociou com o governo a criação de uma linha de crédito para a estocagem. Mas de acordo com o BNDES menos de 10% disso foi emprestado. As empresas não ficaram satisfeitas com as regras do financiamento. Além disso, muitas usinas estavam endividadas e não conseguiram aprovação na hora de tomar o empréstimo.

O governo está repetindo a medida este ano. Vai disponibilizar pelo BNDES R$ 2,4 bilhões a juros mais baixos. De 11,25%, a taxa passou para 9% ao ano.

A linha está aprovada há quase 15 dias, mas ainda não chegou de fato às usinas por confusões de regras do próprio BNDES. A principio, o crédito seria destinado só a empresas nacionais, já que a lei brasileira não permite que bancos estatais emprestem dinheiro para capital de giro a empresas estrangeiras. Depois de um vai-vem de avisos e circulares publicadas pelo banco, a questão foi esclarecida nesta terça-feira.

Em nota, o BNDES explicou que, no caso do etanol, estocagem é considerada investimento e não capital de giro. Por isso, o empréstimo está disponível para empresas com capital de qualquer origem. O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, disse que a questão da linha de credito já está resolvida. Mas pediu rapidez na liberação dos recursos para as usinas.



CANAL RURAL

Brasil e UE firmam acordos nas áreas de aviação e bioenergia



Avanços esperados nas negociações comerciais ainda não ocorreram Maíra Gatto | Brasília (DF)

Acordos nas áreas de aviação e bioenergia foram firmados nesta quarta, dia 14, em Brasília na quarta edição do Encontro Empresarial entre Brasil e União Européia. Os avanços esperados nas negociações comerciais ainda não ocorreram.

Duas parcerias tratam de questões ligadas a aviação civil. O número de vôos comerciais entre os dois continentes deve aumentar. Além disso, os acordos vão promover a troca de tecnologias e equipamentos. Uma terceira negociação envolve ainda Moçambique e trata de investimentos em bioenergia.

— Os avanços na área energética, os acordo de aviação vão abrir os céus da Europa para os produtos brasileiros. Isso vai permitir que usemos a experiência brasileira nessa área para produzir bioenergia em acordo com o meio ambiente — disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Empresários e representantes dos governos de países europeus e do Brasil estiveram reunidos ao longo do dia e também discutiram as possibilidades de novas parcerias comerciais, a relação com o meio ambiente e questões tributárias.

Os debates sobre a criação de um acordo comercial específico entre o Mercosul e a União Europeia não tiveram grandes avanços. Lula se comprometeu em investir na relação nos seus últimos meses de governo, porém os europeus deixaram claro que só aceitarão uma proposta que não cause prejuízo aos agricultores do bloco.

— É preciso que ambas as partes vejam vantagens, esperamos que o Mercosul avance com ofertas que sejam do nosso interesse — avaliou o presidente da Comissão Europeia, José Manoel Durão Barroso.

O que Brasil pode oferecer são produtos baratos e de qualidade e sem subsídios. O acordo é possível e tenho compromisso de nesses cinco meses tentar conversar com os franceses para sairmos com um resultado.



CANAL RURAL

domingo, 11 de julho de 2010

Com licença prévia, Petrobras prevê acoolduto para 2011


Com licença prévia, Petrobras prevê alcoolduto para 2011
A Petrobras informou nesta quarta-feira que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu Licença Prévia (LP) para as obras de um alcoolduto, cuja operação deve começar no segundo semestre de 2011, segundo nota da companhia.



Para a estatal, a LP atesta a viabilidade ambiental do projeto, coordenado pela PMCC Projetos de Transporte de Álcool S.A, uma parceria entre a Petrobras, Mitsui&Co. e Camargo Corrêa S/A.


"As companhias irão trabalhar para cumprir o atendimento às condicionantes da Licença Prévia com vistas à obtenção da Licença de Instalação, que possibilite o efetivo início das obras, tendo como meta a iniciar as operações do duto já na segunda metade de 2011", afirmou a Petrobras em comunicado ao mercado.


O novo duto terá o comprimento de 542 quilômetros em seu primeiro trecho, com capacidade para transportar até 12,9 bilhões de litros de etanol por ano.


O alcoolduto será construído seguindo uma "concepção lógica de utilizar faixa de dutos já existente, minimizando qualquer potencial de novo impacto ambiental, e simplificando a construção".


O investimento estimado para a implantação da linha é de 1,1 bilhão de dólares, de acordo com a Petrobras.


O trecho para o qual a licença foi concedida terá inicio no município mineiro de Uberaba e seguirá por outros 33 municípios no Estado de São Paulo, até o Vale do Paraíba paulista, onde será conectado a dutos já existentes na direção da Grande São Paulo, Rio de Janeiro e litoral paulista.


O sistema de dutos viabilizará o transporte de etanol das regiões produtoras no Centro-Oeste do país e noroeste paulista até os grandes centros consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro.


O alcoolduto visa reduzir os custos de exportação do biocombustível em um momento em que a estatal amplia a sua atuação em etanol, no norte e noroeste de São Paulo e no Centro-Oeste do país.


A Petrobras adquiriu neste ano participação importante na Guarani, com unidades em São Paulo, e investiu 420 milhões de reais em acordo com a São Martinho.


O investimento na São Martinho permite a expansão do negócio de etanol da estatal para o Centro-Oeste.


Além ser uma plataforma para exportação, o alcoolduto possibilitará levar o etanol até o litoral, de onde o combustível poderá ser transportado por cabotagem para outros Estados.


A Petrobras informou ainda que o sistema de alcoolduto terá ainda dois Centros Coletores, um em Uberaba (MG) e outro em Ribeirão Preto (SP), principal região produtora de etanol do país, com a finalidade de receber o biocombustível proveniente das usinas produtoras, principalmente através de transporte rodoviário.


De acordo com a Petrobras, os planos preveem também a ampliação da rede de alcoolduto até o Terminal de Senador Canedo (GO) e novos dutos ligando Paulínia à Hidrovia Paraná-Tietê e ao terminal marítimo de São Sebastião.


(Por Roberto Samora)
Fonte: www.estadao.com.br

Seca derruba safra de grãos pelo mundo


Seca derruba safra de grãos pelo mundo
Trigo é o produto que mais sofre na Ásia, Europa e Oceania, reflexo de transição entre o El Niño e o La Niña
A transição brusca do fenômeno climático El Niño para o La Niña está provocando uma forte seca em partes da Ásia, Oceania e Europa. A falta de chuvas afetou o desenvolvimento de lavouras importantes como trigo e arroz e tem impactado os preços no mercado internacional de grãos.

Três grandes produtores de trigo - Rússia, Austrália e França - reduziram esta semana suas previsões para a safra de 2010/11. A situação é preocupante também na Tailândia, o maior exportador mundial de arroz, onde 60% do país está há meses sem chuvas.

"Temperaturas altas dominaram nesta primavera [no Hemisfério Norte], tornando o estresse hídrico ainda pior", afirmou ao Valor Gail Martell, meteorologista agrícola da Martell Crop Projections, dos EUA. Segundo ela, a transição "forte e abrupta" de um cenário de El Niño (aquecimento do oceano) para o de La Ninã (esfriamento do oceano) provocou um descompasso no clima.

Na Rússia, onde a seca já é considerada a pior em dez anos, o governo estendeu ontem o estado de emergência para 14 localidades. Agricultores da região do Rio Volga, a mais afetada no país, deram início à colheita de trigo com uma semana de antecedência para escapar do clima ruim.

Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura russo reduziu em 5,6% sua previsão de safra de grãos no ciclo 2010/11, de 87,5 milhões de toneladas para 85 milhões de toneladas; na safra anterior, a produção alcançou 97 milhões de toneladas. O trigo será especialmente afetado. A seca e o calor reduziram em 3,5% a estimativa de colheita, que passa a ser de 55 milhões de toneladas.

A safra de trigo da Austrália - o quarto maior produtor mundial - também sofre com a seca. Junho foi um dos meses mais secos da história do país, que deve produzir 22,5 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O serviço de meteorologia do Reino Unido apontou para a mesma direção: informou que o primeiro semestre do ano foi o mais seco no país desde 1929. A temperatura na França e na Alemanha, os dois maiores produtores de trigo da União Europeia, passou dos 30° C esta semana. A precipitação em regiões produtoras francesas ficou entre 60% e 80% do normal para esta época.

"As condições meteorológicas atuais irão reduzir a produção de trigo da França, que, sem dúvida, ficará menor que a estimativa do governo", disse Michel Portier, diretor da consultoria agrícola Agritel, à Bloomberg. "A previsão oficial ainda é um tanto otimista".

No mesmo dia veio a resposta: Paris reduziu sua projeção para a safra de trigo atual em 2,5%, para 35,3 milhões de toneladas.

Para especialistas em clima e agricultura, a seca que assola a Ásia e a Europa preocupa. Um estudo realizado recentemente pelas Universidades Estaduais de Iowa e Kansas, nos EUA, mostra que o desenvolvimento do trigo de inverno sob temperatura de 35° C é quase 80% inferior ao de grãos sob temperaturas de 20° C.

O arroz é outra commodity sob risco. Na Tailândia, o maior exportador mundial do cereal, a produção poderá recuar para o menor nível em oito anos devido à seca e aos estragos provocados por ataques de gafanhotos. A estimativa do governo de produção para arroz branco 100% B, uma referência na Ásia, foi rebaixada para 23 milhões de toneladas, queda de 0,9% em relação à estimativa anterior.

Em entrevista à Dow Jones, Concepción Calpe, economista da Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), foi mais pessimista: disse que a produção tailandesa de arroz poderá ficar em 22 milhões de toneladas no ano fiscal que se iniciará em outubro. Se confirmada, será a pior safra desde 2002. "Mantemos a previsão de queda", disse Calpe.

A estiagem já atinge 44 províncias da Tailândia, quase 60% do território do país, e provocou prejuízos de US$ 432 milhões, segundo o governo local. Para a Associação de Processadoras de Arroz da Tailândia, a oferta menor no mercado internacional pode levar os preços do arroz 100% B para US$ 500,00 a tonelada até o fim deste ano. Essa variedade representa 75% do total de arroz produzido no país.

Na China, a falta de chuvas tem afetado a qualidade do trigo, por isso o país deve dobrar as importações do cereal do Canadá.

Os problemas climáticos no Hemisfério Norte têm mexido com os preços nas bolsas de commodities. Ontem, por exemplo, o trigo teve alta de 23 centavos de dólar em Chicago, a maior desde janeiro, e atingiu US$ 5,3050 por bushel.

É o mercado climático, observa Paulo Molinari, analista da Safras&Mercado. Assim, no primeiro sinal de quebra de safra de trigo em países produtores há reflexo nos preços globais. Ele pondera, porém, que mesmo com eventuais perdas os estoques mundiais de trigo estão em níveis elevados - a projeção é de 194 milhões de toneladas na safra 2010/11. "A quebra contribui para que os preços não caiam, já que deve ocorrer diminuição dos estoques". O quadro acaba influenciando ainda as cotações de milho, pois são produtos substitutos. No caso da soja, o reflexo vem do fato que a oleaginosa concorre com milho por área.

O professor Fernando Homem de Mello, especialista em economia agrícola da Universidade de São Paulo, também não acredita em impacto expressivo nos preços internacionais em decorrência dos problemas climáticos atuais. Mas observa que é necessário ficar atento à safra americana de grãos, que será colhida no segundo semestre.

Agora, diz Molinari, excesso de chuvas no Meio-Oeste dos EUA preocupa, mas ele observa que a expectativa é de safras recordes, para o milho e para soja. A projeção é de uma produção de 339 milhões de toneladas de milho e de 90 milhões de soja.

Fonte: Valor Econômico

Eletrobras e setor privado vão construir usinas hidrelétricas no peru


Eletrobras e setor privado vão construir usinas hidrelétricas no Peru
Excedente da produção será destinado ao mercado brasileiro
A Eletrobras e o setor privado vão construir de quatro a seis usinas hidrelétricas, envolvendo cerca de 7 mil megawatts de energia, para atender o mercado peruano e trazer o excedente para o Brasil. Segundo o presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopez, a iniciativa faz parte de um acordo assinado no último dia 15, em Manaus (AM), entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan Garcia, do Peru.

– O presidente Alan Garcia colocou à disposição do presidente Lula a proposta para a construção de 15 usinas na Cordilheira dos Andes. Inicialmente, estuda-se a construção de quatro a seis unidades com capacidade instalada de 7 mil megawatts – disse Lopez.

Segundo o presidente da Eletrobras, o momento atual do acordo é de ajustes:

– Paralelamente aos estudos técnicos e de viabilidade econômica dos projetos, tivemos que estabelecer as formas de relacionamentos entre os países – ressaltou.

José Antônio Muniz Lopez afirmou que o tratado é que vai ditar os termos legais para que se possa desenvolver o aproveitamento do potencial da região.

– A primeira dessas usinas terá sua obra iniciada, no mais tardar, no começo do ano, com entrada em produção prevista para ocorrer a partir do final de 2016.

O presidente da estatal disse também que os estudos estão sendo desenvolvidos em parceria com a iniciativa privada.

– Há vários rios diferentes naquela região com potencial para gerar energia, e estamos analisando sempre com a parceria de empresas privadas, como a Norbert, Andrade, Cevix e várias outras empresas brasileiras – concluiu Lopez.



AGÊNCIA BRASIL

Cais de São Francisco do sul terá 14 metros


Cais de São Francisco do Sul terá 14 metros
Obra custará R$ 98 milhões
O Ministério dos Portos iniciou nesta sexta, dia 9, obra de dragagem de aprofundamento no Porto de São Francisco do Sul, Santa Catarina, que custará R$ 97,9 milhões. Com a obra, o cais do porto sairá dos atuais 12 metros para 14 metros.

A obra está prevista no Programa Nacional de Dragagem (PND), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Porto de São Francisco do Sul, situado na Baía da Babitonga, é um dos principais pontos de entrada e saída de mercadorias do Sul do Brasil.

De acordo com o projeto, o porto passará pelo processo de dragagem
(retirada de sedimentos) e derrocagem (retirada de pedras). Serão dragados 4,3 milhões de metros cúbicos. Dois grandes equipamentos estão sendo deslocados para a execução dos trabalhos: a draga Sea Way, vinda de Buenos Aires, com 13.255 metros cúbicos de cisterna, que fará a dragagem do canal externo e interno em seis meses; e a draga Hippopotes, de 1600 KW, que irá retirar o material que será perfurado e detonado, na segunda fase.

O PND prevê processo de dragagem em 18 portos do país.



AGÊNCIA SAFRAS

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aprovado relatório de alteração do Código Florestal brasileiro na Comissão Especial


Aprovado relatório de alteração do Código Florestal brasileiro na Comissão Especial
Após pausa, o presidente da Comissão Especial que altera o atual Código Florestal Brasileiro, Moacir Micheletto (PMDB-PR) dá início à votação no Plenário 2 da Câmara. Por maioria, a votação será nominal, apesar de contestação de alguns deputados.

Anselmo de Jesus
O deputado parabenizou os participantes pelo andamento das sessões e pede aos parlamentares que façam vitorioso o relatório de Aldo Rebelo.


Sarney Filho - PV/MA
O deputado Sarney Filho se posicionou contra o substitutivo do Código Florestal, afirmando que as mudanças prejudicam o andamento da preservação ambiental lendo um manifesto assinado por diversas entidades. Além disso, Filho insistiu ainda na teoria de que por conta da proximidade das eleições, a discussão torna-se emocional, quando deveria ser racional.

Luiz Carlos Heinze - PP/RS
O deputado do PP/RS defendeu as mudanças do Código Florestal e aprovação do relatório mostrando ser essa a melhor solução para tirar agricultores da ilegalidade e assim contribuir para o progresso do país. Heinze defende ainda a instituição da moratória, entre outros pontos que amparam e contribuem para a preservação ambiental. O parlamentar encerrou lamentando a atitude de entidades ambientais diante de uma melhoria para o Brasil enquanto acontecem desastres prejudiciais em outros países.


Edson Duarte - PV/BA
"Começamos mal e vamos terminar pior", diz o deputado Edson Duarte (PV/BA), afirmando que a alteração se faz desnecessária, uma vez que acredita ser uma ponte apenas para o alcance dos interesses do agronegócio.

Ivan Valente - PSOL/SP
Deputado se dirige diretamente a Aldo Rebelo, afirmando que as mudanças feitas pelo relator se mostram ineficientes diante dos problemas das pequenas propriedades e da preservação ambiental.

Aldo Rebelo - PCdoB/SP
O relator da Comissão Especial afirma que os dirigentes do MST também reivindicaram mudanças no Código para que pudessem ser viabilizados na produção de alimentos, justificando as declarações de Ivan Valente e mostrando que o objetivo é atender a todas as parcelas da sociedade. Além de movimentos sociais, recebeu também o pleito de líderes de trabalhadores do campo, e os atendeu procurando resolver "problemas que estavam sem solução".

Deputados favoráveis à aprovação do relatório afirmam que as alterações tranquilizam os produtores rurais, principalmente os menores, que são muito prejudicados pela legislação atual. Além disso, apontam como o atual Código limita os produtores em estados como o Rio Grande do Sul.

Votos já dados


PSOL - Contra
PV - Contra
PPS - A favor
PTB - A favor
PDT - sem voto por ausência do líder
PP - A favor
DEM - A favor
PSDB - A favor
Duarte Nogueira - PSDB/SP
Parabeniza o presidente, o relator e os participantes da Comissão, afirmando que o debate a cerca das mudanças desfaz o mito de que o Código não deveria ser mexido, afirmando que o Brasil se beneficia e com o relatório aprovado e não fica mais "congelado".


Fonte: Redação NA

Dilma apresenta progama de Governo que estimula invasões de terra, mas depois recua


Dilma apresenta programa de Governo que estimula invasões de terra, mas depois recua
Versão inicial propunha taxar fortunas, combater "monopólio da mídia" e dificultar a reintegração de posse nas terras invadidas. Repercussão levou o PT, que divulgou a proposta como oficial, a registrar nova versão do texto no TSE no início da noite
O programa de governo de Dilma Rousseff registrado no final da manhã de ontem pelo PT propunha taxação de grandes fortunas, combate ao "monopólio da mídia" e realização de audiência prévia para reintegração de terras invadidas por sem-terra.

Após a repercussão das propostas, principalmente na internet, o PT recuou, voltou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no início da noite, retirou o texto e apresentou nova redação sem os pontos mais polêmicos.

Denominado de "A grande transformação", o primeiro programa de governo foi protocolado no fim da manhã no TSE. Além dos pontos polêmicos, o texto não contemplava as propostas de partidos aliados, como o PMDB.

Oficialmente, o PT afirmou que cometeu um erro técnico e entregou à Justiça Eleitoral um texto desatualizado, datado de 19 de fevereiro.

A Folha apurou, porém, que uma ala da campanha optou deliberadamente por apresentar como programa de Dilma o texto aprovado no congresso do partido, em fevereiro, com concessões às alas mais à esquerda.

Na ocasião, os dirigentes petistas afirmaram que essas propostas seriam diluídas na elaboração final do programa de governo e que era tarefa do partido "puxar para a esquerda" para depois negociar um programa final, principalmente com o PMDB.
Mas no final da tarde de ontem a coordenação da campanha chegou à conclusão de que, por conta de reação de aliados e de propostas que a própria candidata não endossou -como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais-, o texto deveria ser substituído.

RECUO
Antes da decisão, a primeira versão do programa de governo foi divulgada durante toda a tarde nos sites oficiais do PT e da campanha, como a notícia principal.

No início da noite, o secretário de comunicação do partido, André Vargas (PR), ainda sustentava que a decisão de apresentar o texto foi da coordenação da campanha.

"Não há problema em ter pontos polêmicos nele. Nós somos polêmicos. Isso não é problema, é qualidade. Agora, é um texto provisório que vai ser sempre discutido."

O novo documento protocolado no TSE suprimiu o compromisso com a redução da jornada, a taxação das grandes fortunas e as mudanças na política agrária.

O PT manteve na segunda versão do programa a afirmação de que o texto ainda é preliminar e receberá contribuição dos nove partidos que compõem a aliança.

A entrega das propostas de governo no registro da candidatura é uma nova exigência da Lei Eleitoral, aprovada pelo Congresso em 2009.

Petista se nega a prometer redução da carga tributária e frustra empresários

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, frustrou empresários que se reuniram ontem para conhecer suas ideias ao evitar se comprometer com a diminuição da carga tributária do país.

Dilma reconheceu que o sistema atual é "caótico" e afeta a competitividade das empresas, mas disse que é necessário manter o equilíbrio fiscal do setor público e evitar perdas de receita.
A candidata petista defendeu medidas que livrem de tributos os investimentos produtivos e diminuam o peso dos impostos cobrados sobre a folha de salários das empresas, mas expôs suas ideias em termos genéricos.

"Não pode ser [reduzido] a zero, porque, se for a zero, quebra a Previdência", disse Dilma, referindo-se aos tributos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas.
Ao discutir o peso dos impostos sobre as tarifas de eletricidade, ela disse que sua redução pode arruinar os Estados. "Tem que haver um balanceamento para saber em que condições, sem criar uma crise fiscal, se pode fazer essa redução", afirmou.

Participaram do encontro 486 associados do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Segundo uma enquete feita com eles, 85% apontam a elevada carga tributária como principal obstáculo à expansão de suas empresas.

Empresários saíram insatisfeitos. "As respostas foram muito genéricas, sinal de que ela ainda não tem um projeto amadurecido", disse o presidente da fabricante de brinquedos Estrela, Carlos Tilkian. "Depois de oito anos no governo, eles podiam pelo menos ter um projeto."

Ao responder a uma pergunta da plateia, Dilma não quis especular sobre o que faria se fosse eleita presidente e, em 2014, Lula quisesse se candidatar novamente ao cargo: "Quando chegar a hora a gente discute isso", afirmou.

Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Usinas brasileiras usam capital extremo para ganhar escala


Usinas brasileiras usam capital externo para ganhar escala
O aumento de capital estrangeiro no setor sucroalcooleiro do Brasil aumenta a competitividade do País e estimula o desenvolvimento do comércio internacional, analisam especialistas. Para o mercado, o aporte externo e as consolidações são tendências. Tanto que o último acordo firmado, no dia 10, colocou 50,79% de duas usinas da Equipav nas mãos da indiana Shree Renuka Sugars.

Para Eduardo Chaim, consultor sênior da Dextron Management Consulting, as participações devem avançar na mesma proporção em que as novas expandirem suas operações. "Como a norte-americana ADM, a britânica British Petroleum e a chinesa Noble Group", diz.

Segundo Chaim, as gigantes internacionais estão mais bem posicionadas para colocar o setor brasileiro lá fora, mostrando o Brasil como fornecedor confiável de etanol. "Com as estruturas profissionais e ferramentas de gestão mais modernas do que a maioria das empresas brasileiras, os estrangeiros deverão promover um aumento generalizado de competitividade", afirma.

Um estudo da Dextron coloca quatro dos cinco maiores grupos sucroalcooleiros atuantes no Brasil com 50% de suas operações controladas por estrangeiros. Entre eles aparecem a Cosan com a Shell; a Louis Dreyfus - que adquiriu 14 usinas brasileiras, dentre elas, a Santa Helena e a São Carlos - e a Bunge, com seis empresas brasileiras. Além disso, a Guarani deve, até o fim deste mês, concluir o processo de incorporação pela francesa Tereos.

Dados da União Nacional da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostram uma participação de capital estrangeiro no Brasil de 7% na safra 2007/2008. Já para 2010/2011 a instituição projeta para 22% o capital externo nas usinas brasileiras. "As empresas que não possuem controle estrangeiro terão dificuldade de expandir no mercado externo."

Para o Sindicato da Indústria do Álcool e da Fabricação do Açúcar de Minas Gerais (Siamig), a participação de capital internacional no setor brasileiro em 2009 era de quase 12%. A Cosan deve processar 60 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo o consultor. Já a Louis Dreyfus, 40 milhões de toneladas; a Bunge, 16 milhões de toneladas e a Guarani, 15,8 milhões de toneladas.

Para Chaim, a possibilidade de uma gigante adquirir outra gigante é remota, mas a chance de as grandes absorverem as pequenas é mais acentuada. "A Santelisa e a Vale do Rosário já eram grandes, com a parceria ficaram ainda maiores. A possibilidade existe", pondera.

Cristiano Cabianca Ramos, diretor da consultoria Céleres, que também considera tendência o aumento de participação internacional nas usinas brasileiras, vê com bons olhos os investimentos. "Tem peso positivo nas exportações de açúcar e de etanol."

De acordo com o diretor, o País deve crescer em moagem de cana-de-açúcar nos próximos dez anos mais 300 milhões de toneladas. "Se calcularmos US$ 100 de investimento por tonelada serão US$ 30 milhões. O Brasil precisa de infraestrutura", diz.

Segundo Ramos, na safra 2009/2010, foram processados no Brasil aproximadamente 605 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Para a próxima temporada é estimada uma moagem de 664 milhões de toneladas, puxadas pela Região Centro-Sul.

A Dextron estima que apenas a região do Estado de São Paulo deve processar na safra 2010/2011 595,9 milhões de toneladas. Na safra 2009/2010, a moagem do centro-sul do País foi de 541,5 milhões de toneladas.

Para Marcos Sawaya Jank, presidente da Unica, a presença de capital externo no setor sucroenergético do País ganhou força este ano, com a aquisição do Grupo Moema pela Bunge e a chegada ao setor do maior grupo refinador de açúcar da Índia. Além da união entre Brenco e ETH, da Cosan com a Shell e da incorporação da Guarani pela Tereos.

Segundo Chaim, o Brasil conta com capital de diferentes países no setor, além das citadas anteriormente, a espanhola Abengoa e a japonesa Mitsubishi Sojitz.

De acordo com a Unica, a cana ocupa aproximadamente sete milhões de hectares ou aproximadamente 2% de toda a terra arável do País, que é o maior produtor mundial, seguido pela Índia, Tailândia e Austrália. As regiões de cultivo são sudeste, centro-oeste, sul e nordeste.

O aumento de capital estrangeiro no setor sucroalcooleiro é visto com bons olhos pelo mercado. De acordo com a Unica, a participação de capital estrangeiro no Brasil é de 22%.



Fonte: DCI
Estudo do álcoolduto deve ser concluído até o final deste mês
Duto de 570 quilômetros levará o combustível até o Guarujá.
O duto de 570 quilômetros que irá cortar a região de Ribeirão Preto e pretende escoar parte da produção de etanol da região Centro-Sul do país até o Guarujá deverá ter concluído, até o final do mês de junho, o estudo de impacto ambiental.

A partir dessas informações, caberá ao governo federal a análise e liberação das obras. Essa avaliação deve ser concluída em 180 dias, segundo a Uniduto, responsável pelo projeto.

O projeto tem como sócios grandes produtores de etanol, entre eles São Martinho, Cosan e os associados da Copersucar, e terá em Serrana um de seus quatro pontos de captação no Estado.
Na cidade, o álcoolduto estará integrado à malha ferroviária sob concessão, atualmente, da FCA (Ferrovia Centro Atlântica). Segundo a empresa, as obras do duto devem ficar prontas em 2013, quando começa a operação.

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Etanol de cana prevê entar nos EUA em 2013


Etanol de cana prevê entrar nos EUA em 2013
O etanol de cana-de-açúcar do Brasil deve ser importado pelos Estados Unidos de forma constante a partir de 2013 ou 2014, diz Plínio Nastari, presidente da consultoria brasileira Datagro. "Será quando as metas definidas pelo Padrão de Combustível Renovável [o RFS 2] começarem a exigir complementação para o produto importado", explicou Nastari.

O RFS 2 é um padrão definido pelo Estado da Califórnia que determina a utilização de combustíveis renováveis avançados, que reduzam a emissão de gases de efeito estufa em até 50%. O etanol de cana foi considerado como o melhor combustível para atender esta demanda tanto pela Califórnia como pela Agência Ambiental dos Estados Unidos, a EPA.

Hoje, o Brasil exporta etanol para os EUA de forma eventual quando surge uma janela de oportunidade criada pela queda dos preços do etanol no Brasil ou alta demasiada das cotações nos EUA. Parte desta exportação brasileira não é feita diretamente mas triangulada via os países do Caribe - que possuem subsídios - para evitar o imposto de importação norte-americano, atualmente em US$ 0,54 por galão.

"Isso será um complemento ao mercado brasileiro. Mas o grande mercado continuará sendo o doméstico", acrescentou o executivo, em um intervalo da 4ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, organizada conjuntamente pela Organização Internacional do Açúcar e a Datagro, no hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Nastari disse que o consumo de etanol no Brasil este ano deve ser de 24 bilhões de litros

Fonte: DCI
Fonte: noticias agricolas

Moagem antecipada de cana motiva revisões de estimativas de produção



O clima mais seco e a antecipação da safra pelas usinas sucroalcooleiras em até um mês estão trazendo ao mercado projeções de moagem mais elevadas no Centro-Sul do Brasil. A consultoria Datagro divulgou ontem, durante sua conferência em Nova York feita em parceria com a Organização Internacional do Açúcar (OIA), sua nova estimativa para o ciclo 2010/11, em curso desde o início de abril no Centro-Sul.

O processamento esperado pela consultoria é de 604 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na região, o que representará 11,6% de alta em relação aos 541 milhões processados na temporada passada. A projeção é ainda maior do que as 595,89 milhões de toneladas previstas em março pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
Foto Destaque

Em dezembro de 2009, a Datagro realizou a primeira estimativa, quando previu que a temporada 2010/11 poderia ser de até 590 milhões de toneladas de cana na região. Outra tendência verificada pela Datagro é de um mix mais alcooleiro. A consultoria prevê que a produção de etanol vai absorver 58,3% do total da cana processada, ante 57,4% da temporada 2009/10. Em março, a Unica previu um mix menor para etanol, de 56,7%.

Segundo a Datagro, a produção do biocombustível pode alcançar 28,65 bilhoes de litros no Centro-Sul - 5 bilhões a mais do que os 23,69 bilhões da temporada passada. Os números da Unica indicam uma produção menor, de 27,39 bilhões de litros. No Brasil, a consultoria estima a fabricação de 30,78 bilhões de litros de etanol.

Para a Datagro, a produção de açúcar deverá atingir 33,4 milhões de toneladas no Centro-Sul, um crescimento de 16% em relação aos 28,64 milhões de toneladas do ciclo anterior e queda de 2% em relação aos 34,09 milhões previstos pela Unica. O Brasil todo produzirá 38 milhões de toneladas, segundo a Datagro.

A consultoria prevê ainda que a cana, termos acumulados, renderá 139,2 quilos de ATR (açúcar contido na cana) por tonelada, ante os 130,25 kg da safra passada.
Fonte: Valor Econômico
Fote: www.noticiasagricolas.com.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Trator vai tomando o lugar da enxada no preparo da terra em Alagoas



Pequenos agricultores de Alagoas estão contando com tratores na hora de preparar a terra para o plantio. Além de agilizar o trabalho, o custo de produção também diminuiu.

A enxada não acompanha mais o agricultor Rosival Heniruq da Silva quando ele sai de casa para trabalhar. Agora, ele conta com um trator para limpar o mato e arar a terra onde pretende plantar mandioca e fumo. O melhor é que as despesas não vão pesar no bolso do agricultor que mora em Limoeiro de Anadia, região agreste de Alagoas.

Os custos pelo serviço ficam à cargo da prefeitura que paga o aluguel das máquinas e as diárias dos tratoristas. A única despesa dos agricultores é com o combustível. As máquinas consomem 15 litros por hectare. Como o litro do óleo diesel na região custa R$ 1,90 em média, os gastos pela utilização dos tratores não ultrapassam os R$ 30,00 por hectare.

Duas semanas é o tempo que seu Rosival gastaria para limpar uma área de terra com cerca de um hectare usando apenas a força física e ainda contando com a ajuda de dois trabalhadores rurais. O trator consegue fazer o mesmo serviço em apenas duas horas. Isso sem contar com a economia com o pagamento das diárias dos trabalhadores.

Seis tratores foram colocados à disposição dos pequenos agricultores de Limoeiro de Anadia, mas só tem direito a utilizar as máquinas quem possui até sete hectares de terras. A expectativa é que cerca de 2,4 mil agricultores façam uso dos tratores em 2010.

Na propriedade de seu José Otávio o trator já fez metade do trabalho. Daqui a alguns dias as terras estarão prontas para o plantio de feijão de corda e mandioca. Os tratoristas também gostaram da ideia.




Globo Rural
Marcas e Máquinas

Acidente com petróleo nos EUA serve de alerta para o Brasil, diz ministra



Governo, Marinha e Petrobras devem avaliar capacidade brasileira para lidar com emergências
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta quarta, dia 5, que o acidente que levou ao vazamento de óleo no Golfo do México serve de alerta para o Brasil. Ainda esta semana, representantes do governo, da Marinha e da Petrobras devem se reunir para avaliar a capacidade brasileira de lidar com esse tipo de emergência.

– O acidente nos Estados Unidos revela a necessidade de uma estratégia de contingência em torno de acidentes ambientais no Brasil – disse Izabella durante entrevista para emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro.

Izabella afirmou que o Brasil tem mecanismos de gestão de emergências com óleo e petróleo, mas o governo estuda melhorias nos programas e regulamentações.

– Vou ao Rio de Janeiro debater com a Marinha quais as necessidades de incremento da gestão estratégica para que haja um fortalecimento dessa estrutura de contingência.

A ministra defendeu o uso de royalties do petróleo em ações destinadas a minimizar os danos decorrentes de acidentes ambientais. A legislação brasileira já prevê o uso dos recursos para esse tipo de ação, mas segundo a ministra, ele poderá ser incrementado. Pela grande extensão, a exploração do petróleo da camada do pré-sal deve aumentar os riscos de vazamentos na costa brasileira.

Segundo Izabella, além de programas específicos, os planos de emergência ambiental são requisitos para a concessão de licenças para os empreendimentos.

– Isso é previsto no licenciamento, monitorado e testado pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis].



AGÊNCIA BRASIL
CANAL RURAL

Produção e demanda de etanol deve dobrar até 2019



Exportações de etanol triplicarão nesse período, passando de 3,3 para 9,9 bilhões de litros
A crescente expansão da frota nacional de carros flex fuel e também das exportações levará o país a aumentar a sua produção de etanol em 36,5 milhões de litros nos próximos dez anos. A produção total em 2019 deve chegar a 64 milhões de litros – quase 2,5 vezes o que é produzido hoje.

A previsão é do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2019, divulgado nessa terça, dia 4, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo o estudo, a maior parte do crescimento da produção ocorrerá em consequência da expansão da demanda interna, que passará de 22,8 para 52,4 bilhões de litros.

– Essa demanda será sensivelmente influenciada pelo aumento da frota de veículos flex fuel, que passará dos atuais 24,8 milhões para 39,7 milhões de unidades até 2019 – afirma o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

A avaliação é de que o país passará a ter uma frota de veículos flex fluel leve – ciclomotor – a álcool de 39,71 milhões de veículos, passando a responder por 77,9% da frota nacional nos próximos dez anos. Enquanto isso, a de veículos movidos a gasolina cairá dos atuais 56,8% para apenas 20,9% de toda a frota.

Segundo Tolmasquim, as exportações de etanol triplicarão nesse período, passando de 3,3 para 9,9 bilhões de litros.



AGÊNCIA BRASIL
CANAL RURAL

Preço do etanol caiu 11,16% em abril em São paulo de acordo com a fipe


Preço do etanol caiu 11,16% em abril em São Paulo de acordo com a Fipe
Redução foi maior que a verificada em março, quando valor médio do combustível apresentou baixa de 10,19%
O preço médio do álcool combustível encerrou o mês de abril com uma queda de 11,16% nos postos da capital paulista, segundo levantamento realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), por meio do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). A redução foi maior que a verificada em março, quando o valor médio do combustível apresentou baixa de 10,19%. Representou também um alívio importante de 0,06 ponto porcentual (-16,57%) para a taxa geral de inflação de abril, de 0,39%.

De acordo com a Fipe, se comparado ao levantamento da terceira quadrissemana do mês passado (período de 30 dias terminado em 22 de abril), o preço do álcool está em queda menor, já que havia recuado 15,33% naquele período. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, o valor médio do combustível apresentou alta acumulada de 15,91%.

Quanto ao preço médio da gasolina, o combustível apresentou recuo de 1,09% no final de abril ante baixa de 1,53% na terceira quadrissemana do mesmo mês e declínio de 1,31% no fechamento de março. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a gasolina acumula alta de 2,70%.


Fonte: Campo News, canal rural

São paulo registra redução da queima para realização da colheita de cana.



Na safra de 2009/2010, 2,27 milhões de hectares foram colhidos sem a queima da palha na região
O Estado de São Paulo registrou, nos últimos anos, uma rápida expansão na produção de cana-de-açúcar, em consequência principalmente do aumento da demanda por etanol para atender ao mercado de veículos flex no país.

De 2003 a 2009, a área total do cultivo da cana disponível para a colheita no Estado saltou de 2,57 milhões para 4,89 milhões de hectares, segundo dados do mais recente relatório feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

O dado mais expressivo – do ponto de vista ambiental – é que pela primeira vez mais da metade da colheita foi realizada sem queima. O relatório referente à safra de 2009/2010 mostra que cerca de 56% da colheita foi realizada sem queima, contra 44% em que se utilizou o recurso. Na safra de 2006/2007, a colheita sem queima beirou os 34%.

De acordo com Bernardo Rudorff, pesquisador do Inpe, se o ritmo for mantido, a meta estabelecida pelo Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro, assinado em 2007 entre o Governo do Estado de São Paulo e a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica) – que prevê a eliminação gradativa da queima da cana-de-açúcar até 2017 –, será cumprida, mesmo com a expansão da produção. Para as áreas com declive inferior a 12%, que permite a mecanização da colheita, o prazo termina em 2014.

– É claro que a expansão envolve questões complexas que impõem alguns limites, como condições favoráveis de mercado e investimento em maquinário, mas a pressão do protocolo está produzindo um resultado muito positivo no Estado e mostra que o objetivo de eliminar totalmente o procedimento de queima pode ser atingido até a data limite – disse ele.

Rudorff coordena o Projeto Temático recém-aprovado, intitulado “Impactos ambientais e socioeconômicos associados com a produção de etanol de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil”, que será desenvolvido no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bionergia (BIOEN).

O grupo de pesquisadores vem monitorando, desde 2003, a área de cultivo, o tipo de colheita – com ou sem queima – e a mudança de uso e cobertura da terra decorrente da expansão do cultivo da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. A partir dos dados obtidos são gerados mapas que auxiliam a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

– A partir de 2009, iniciamos uma avaliação mensal da colheita e disponibilizamos os mapas para a secretaria, que, com isso, sabe do percentual e da localização das áreas queimadas. Antes disso, gerávamos um único mapa mostrando tudo o que havia sido colhido com e sem queima durante a safra – disse Daniel Alves Aguiar, doutorando do programa de pós-graduação e integrante do projeto Canasat do Inpe.

Em novo estudo publicado na revista Remote Sensing, os pesquisadores do Inpe divulgaram os números referentes à safra de 2008/2009. De 2003 a 2008, a área de produção foi ampliada em 1,88 milhão de hectares. Entretanto, o ritmo de crescimento caiu nas últimas safras. Na safra anterior a 2008, a expansão foi de mais de 1,2 milhão de hectares, em 2008 o aumento foi de pouco mais 320 mil e, na safra 2009/2010, ficou em cerca de 100 mil hectares.

Na safra de 2009/2010, 2,27 milhões de hectares foram colhidos sem a queima da palha, enquanto 1,8 milhão foi colhido com a queima. O mapeamento mostra ainda que as regiões administrativas de Barretos, de Campinas e Central – tradicionais no cultivo da cana – foram as que apresentaram maior porcentagem sem queima, com 61,4%, 60,7% e 61,2%, respectivamente.

Apenas duas regiões, de Marília (56,3%) e de Presidente Prudente (50,8%), tiveram mais área colhida com queima do que sem.

– Nesse sentido, o sensoriamento remoto tem importância fundamental para o cumprimento do protocolo – destacou Aguiar.


Fonte: canal rural

domingo, 2 de maio de 2010

Agrishow atingirá meta de R$ 860mi em negócios, diz organização


Agrishow atingirá meta de R$ 860 mi em negócios, diz organização
Números finais serão divulgados durante a próxima semana
Agência EstadoGustavo Porto
Os organizadores da Agrishow 2010 informaram que a feira, realizada entre segunda-feira e esta sexta, em Ribeirão Preto (SP), baterá as metas de gerar R$ 860 milhões em negócios e de receber 142 mil visitantes. Os números são próximos aos da edição de 2008 da feira, que ainda tinha seis dias, terminando no sábado. Em 2009, a Agrishow foi realizada sem a presença das grandes montadoras de tratores e de máquinas e movimentou R$ 680 milhões.

Ainda de acordo com os organizadores, os números finais da Agrishow serão divulgados durante a próxima semana, quando os bancos participantes da feira informarem o volume de negócios realizado. Números preliminares apontam que os bancos participantes movimentaram R$ 840 milhões em propostas na Agrishow.

Além do otimismo em relação movimento deste ano, o primeiro depois da crise internacional de liquidez, o presidente da feira e da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, avaliou que as grandes montadoras, que defendem uma participação na Agrishow a cada dois anos, mudarão de opinião.

– Não é possível os empresários deixarem de vir ao maior ponto de venda do Brasil – afirmou.

Ramalho lembrou das visitas de políticos na edição deste ano da Agrishow e citou que, "com certeza, o presidente do Brasil e o governador de São Paulo passaram por aqui", numa referência à visita dos pré-candidatos a presidente José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) e dos pré-candidatos a governador Geraldo Alckmin (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Paulo Skaf (PSB).



AGÊNCIA ESTADO

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Minas bate novo recorde com a cana-de-açúcar



Exportações e demanda de novas indústrias estimulam a produção
A produção mineira de cana-de-açúcar destinada à indústria sucroalcooleira, em 2010, deve alcançar 56,2 milhões de toneladas, superando o recorde de 49,9 milhões de toneladas registrado no período anterior. O aumento previsto é de 12,6%, enquanto para a safra nacional do produto, com as mesmas finalidades, a previsão é de 664,33 milhões de toneladas, e neste caso o crescimento é de 9,9%, também garantindo recorde.

Os dados constam de um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (29). Segundo o estudo, Minas Gerais mantém a segunda maior área plantada de cana-de-açúcar destinada à indústria sucroalcooleira no Brasil. São 648 mil hectares dentro da área total do país reservada para este segmento.

Ao analisar os números, o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, destacou que, de acordo com as estimativas, Minas consolidou a segunda posição nacional na produção de cana destinada à indústria de açúcar e álcool, atrás apenas de São Paulo.

Novas usinas
O superintendente disse que, no caso de Minas Gerais, a estimativa é de que a indústria alcooleira absorva 56% da produção e a indústria do açúcar adquira os 44% restantes. “Os dados da Conab mostram que, no Brasil, os percentuais previstos de absorção da cana-de-açúcar são semelhantes”, assinalou Albanez.

“As perspectivas da safra são positivas porque o mercado internacional do açúcar continua assegurado, principalmente porque a Índia, um dos principais exportadores e consumidores do mundo, ainda não recuperou a sua produção”, acrescentou o superintendente. “Quanto ao etanol, o Brasil vai seguir buscando novos mercados pelo mundo, sendo favorecido por um cenário favorável ao consumo desse combustível, que é limpo e renovável.” No entanto, segundo o superintendente, o grande foco da produção de cana-de-açúcar no mercado doméstico é a indústria do álcool, pois a maioria da frota brasileira é constituída por veículos flex.

Outro fator que contribuiu para o aumento da safra foi a instalação de novas usinas no país. Das dez novas unidades, três estão em Minas Gerais, duas em São Paulo, duas em Goiás e as demais nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.


Os municípios que detêm o maior volume de produção de cana-de-açúcar em Minas Gerais estão localizados na região do Triângulo. São os seguintes: Uberaba, Conceição das Alagoas, Ituiutaba, Frutal e Iturama.
Fonte: Secr. de Agr. de MG
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

Previsão de alta dos juros preocupa setor de máquinas



Para a entidade, a possível decisão do Copom de elevar a taxa Selic vai interferir em toda a economia brasileiraAtualizada às 20h30min

Começou nesta terça, dia 27, mais uma reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. A expectativa do mercado, de alta nos juros, desanima o setor de máquinas e equipamentos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), a alta da taxa Selic vai prejudicar o setor a longo prazo.

O resultado dos primeiros três meses do ano animou o setor. O faturamento chegou perto de US$ 1,5 bilhão no período, um crescimento de quase 30% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. As exportações também subiram 21%. Os números foram citados durante a Agrishow, em Ribeirão Preto. Porém, de acordo com o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, os expositores da feira, que até então estavam otimistas com a retomada, agora estão apreensivos com a possível alta dos juros.

Para a entidade, a possível decisão do Copom de elevar a taxa Selic vai interferir em toda a economia brasileira, prejudicando diversos setores.



CANAL RURAL
Fonte: www.canalrual.com.br

Especialistas discutem o futuro da agroenergia na Agrishow



Feira é um centro de discussões sobre mercado e tendências na agriculturaSebastião Garcia | Ribeirão Preto (SP)
Atualizada às 20h20min

Muito se diz que a Agrishow é a vitrine do que há de mais novo em tecnologia da indústria de máquinas e que é a grande oportunidade de negócios para o setor. Além disso, a feira é também o centro de discussões sobre mercado e tendências na agricultura. Uma das discussões aconteceu nesta terça, dia 27, no fórum sobre o futuro da agroenergia, que reuniu especialistas em Ribeirão Preto.

Matéria-prima é o que não falta na região quando o assunto é agroenergia. Das terras do interior de São Paulo saem boa parte da produção de etanol do Brasil, e de energia também, como faz esta usina em Sertaozinho, a 35 km de Ribeirão Preto. A produção com bagaço da cana chega a 70 mil megawatts por ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes. A usina tem 60 anos. Há pouco mais de 20, os empresários aproveitam o bagaço e fornecem energia até para o sistema nacional, quer dizer, daqui sai também a luz que chega na sua casa. É um privilégio pra quem está estrategicamente bem situado.

— O Brasil é imbativel na produção de etanol e também de bioenergia — diz o diretor industrial Jairo Baldo.

Cerca de 85% da produção brasileira de cana fica na região centro-sul do país.

O presidente da Organização de Plantadores de Cana do Centro-sul, Ismael Perina, participou nesta terça na Agrishow do fórum sobre o futuro da agroenergia no mundo. Além do potencial da produção brasileira, os especialistas falaram das vantagens da cana em relação ao milho na produção de biodiesel, por exemplo, e do desafio de quem fornece matéria-prima como o Brasil, em manter o ritmo de crescimento que o mercado quer.



CANAL RURAL

Efeito China sustenta alta da cotação de soja



As cotações da soja em Chicago voltaram a ser influenciadas pelo efeito-China. Com o clima frio em Pequim, que prejudicou o plantio de soja no país, os preços da oleaginosa seguem para seu terceiro mês de alta. Além disso, os chineses já informaram que aumentarão sua demanda, principalmente de Estados Unidos e Brasil, já que a produção está danificada.

Segundo analistas, os preços, por conta do clima desfavorável na China, continuarão subindo. "Previsões de clima frio na China podem significar que o país terá que comprar mais soja. Produtores dos EUA podem estar segurando suas vendas com expectativas de que os preços continuem subindo", disse Eric Bailon, presidente da Paritas Trading.

Na semana passada, as cotações da soja bateram os US$ 10 em Chicago e os preços devem continuar firmes por conta das altas importações chinesas. "Podemos tratar a China como o principal pilar de sustentação dessas cotações acima dos US$ 10 por bushel. Abril deve fechar com 4,3 milhões de toneladas, 20% acima do previsto pela China", diz o analista Carlos Cogo.

Fonte: DCI
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

Safra 2010/11: Rossi confirma R$100 bi em recursos para plano safra



O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta segunda-feira (26) que o governo destinará cerca de R$ 100 bilhões em recursos para o Plano de Safra 2010/2011, previsto para ser anunciado na segunda quinzena de junho. O valor, já adiantado por Rossi em entrevista à Agência Estado, deve ficar perto dos R$ 95 bilhões da safra atual, dos quais cerca de 10% não serão tomados pelos produtores.

"O recurso oferecido (em 2009/2010) não foi totalmente tomado, primeiro pelo nível de endividamento do produtor, já que muitos perderam a capacidade de financiamento, e ainda porque muitos produtos estiveram em uma faixa de preço razoável e não precisaram de grande apoio", afirmou o ministro, que participou da abertura da Agrishow 2010, em Ribeirão Preto (SP).

Em um discurso no qual citou várias vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rossi salientou que os recursos destinados ao financiamento agrícola saltou de R$ 22 bilhões, em 2003, para quase R$ 100 bilhões neste ano que será o último ano de mandato de Lula. "O presidente Lula multiplicou os recursos colocados à disposição do agricultor e aumentou mais de dez vezes o volume de apoio à comercialização", afirmou o ministro.

Na atual safra 2009/2010, os recursos para comercialização, que começaram a ser liberados agora, devem somar R$ 5,2 bilhões, valor que ainda pode crescer por meio de novos aportes orçamentários, ante R$ 5,1 bilhões da safra passada já com os recursos extras liberados.

Segundo o ministro, recursos já anunciados para apoio à comercialização de arroz, feijão e milho devem começar a ser repassados na próxima semana. "Devemos liberar ainda este mês operações para trigo e avaliamos outros produtos bem de perto, que ainda não precisam de apoio, como algodão e soja, pois estão acima do preço mínimo", explicou Rossi.

No discurso de abertura da Agrishow, cerimônia na qual estiveram presentes seus três antecessores - respectivamente Reinhold Stephanes, Luís Carlos Guedes Pinto e Roberto Rodrigues - Rossi fez duras críticas aos ambientalistas e chegou a defender o plantio de florestas exóticas como salvação das florestas naturais.

Rossi cobrou que o discurso sobre o meio ambiente seja transformado em prática agronômica. Disse ainda que quem pode defender o meio ambiente é quem vive nele, no caso, o agricultor, e completou: "não venham nos dar aulas de como preservar meio ambiente de dentro do salões da elite e dos shoppings centers de São Paulo, venham colocar o pé no barro".

Fonte: Folha de Londrina
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Engana-se quem pensa que há mudança de orientação, diz Meirelles




Segundo ele, Banco Central 'não precisa provar nada a ninguém'.
BC foi criticado por analistas no mês passado ao não subir os juros.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

No dia em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá a taxa básica de juros da economia, atualmente em 8,75% ao ano, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, afirmou, nesta terça-feira (27), que engana-se quem pensa que pode haver uma mudança de orientação das política adotada. A decisão sobre a taxa de juros será anunciada nesta quarta-feira (28), após as 18h.

"Engana-se quem pensa que pode haver mudança de orientação. Não houve a não haverá", disse Meirelles, duranta a cerimônia de posse do novo diretor de Assuntos Internacional da autoridade monetária, Luiz Awazu. Mais adiante, o presidente da autoridade monetária afirmou que o "Banco Central não precisa provar nada a ninguém". "Existe uma história de sucesso e de credibilidade", acresentou ele.

Críticas
No mês passado, o BC foi criticado por analistas do mercado financeiro ao optar por manter a taxa básica de juros estável em 8,75% ao ano. Isso porque os analistas, e a própria autoridade monetária, já estavam prevendo, naquele momento, um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao redor de 5,2% para 2010.

O centro da meta de inflação para este ano, cuja missão do BC é atingí-lo, é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Na reunião desta semana, a maior parte do mercado acredita em uma elevação de 0,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, mas há vários analistas projetando um aumento maior, para 9,5% ao ano.

'Administrando o sucesso'
Meirelles disse ainda, nesta terça-feira (27), que existe uma discussão, em torno das decisões do Copom, como se o Brasil 'estivesse em outra época". "Como se algumas pessoas estivessem acostumadas ao sucesso, procurando culpados. Estamos administrando o sucesso, uma situação não usual. Busca-se motivações negativas de um lado ou outro, de movitação politica, ou para recuperar credibilidade. Quando, na realidade, a credibilidade do BC é reconhecida internacionalmente", afirmou.

Na avaliação do presidente do Banco Central, o que "vale a pena" é o resultado e o reconhecimento da população. "O presidente do Banco Central começou a ser ventilado para uma via eleitoral, porque as pessoas passam a ver a estabilidade de preços e econômica como um ativo eleitoral. O fato concreto é o que vale a pena é o reconhecimento e o legado. A estabilidade é fator primordial para garantir um crescimento sustentado. A preservação do poder de compra moeda nacional é um direito básico de cidadania", concluiu.

No início deste mês, Meirelles informou ter desistido de concorrer nas eleições de outubro. Deste modo, ele permanecerá no comando da instituição até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: g1.globo.com/noticias

Marina defende etanol sem risco para segurança alimentar e ambiente



Pré-candidata à presidência alertou para perigos da expansão da produção no país
Agência Estado
A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, alertou nessa segunda, dia 26, para o perigo da expansão da produção de etanol no Brasil.

– Nós não temos de ser a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos biocombustíveis – disse ela, em entrevista ao fim de viagem de três dias a Washington, nos Estados Unidos.

– Nós vamos produzir o que é possível, sem risco para segurança alimentar e meio ambiente, e transferir tecnologias para outros países, na África e no Caribe.

Marina defende a eliminação da tarifa norte-americana sobre o etanol brasileiro e abordou a questão em reunião na segunda com Maria Otero, subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais. Mas a senadora afirmou que é preciso certificar o etanol brasileiro, para garantir que o combustível seja sustentável e evitar que concorrentes usem o desmatamento como desculpa para prejudicar o produto brasileiro.

– Não sei por que em oito anos de governo não se fez a certificação do etanol – criticou.

Segundo ela, ao certificar o etanol, é estabelecida uma cota de produção que não vai afetar a segurança alimentar e são observados critérios de respeito à legislação trabalhista e legislação ambiental.

– Isso vai desconstruir o argumento daqueles que usam a questão ambiental para barrar nosso etanol – disse.

– Mas se continuarem as mesmas pessoas (no governo), vão ser mais oito anos perdidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



AGÊNCIA ESTADO

Agricultura antecipa ofenciva norte-americana



Plano nacional de incentivo às vendas externas só deve sair em setembro, mas esforços para fortalecer mercado interno e ampliar comércio internacional já começaram.
Quase três meses depois de lançar o desafio de dobrar as exportações em cinco anos, o presidente Barack Obama ainda aguarda a conclusão do programa que promete criar dois bilhões de empregos e tirar a economia norte-americana da recessão. A agricultura, porém, decidiu se antecipar à formalização do projeto norte-americano de multiplicar os embarques. As ações acontecem em duas frentes principais. Para fortalecer seu mercado interno, os EUA renovam políticas de subsídios diretos. Para ganhar mercados no exterior, investem em missões internacionais e acordos bilaterais.

O crescimento das exportações de soja, um dos principais produtos da balança comercial dos norte-americanos, mostra que eles não estão de brincadeira. Há sete meses o USDA reajusta para cima sua projeção de embarque, agora em 39,3 milhões de toneladas. Faltando pouco mais de quatro meses para o encerramento da temporada, o país já negociou 95% desse volume, o que significa que essa meta pode ser revista novamente, e para cima. Em igual período do ano passado, esse índice era de 87%. Na safra anterior, os EUA exportaram 34,9 milhões de toneladas.

Entre os alvos da nova política de comércio internacional estão países em desenvolvimento e que apresentam rápido crescimento, como China, Índia e Brasil. No ano passado os chineses responderam por 54% do comércio mundial de soja. Não por acaso, incentivar esses países a comprarem produtos norte-americanos faz parte da estratégia. “É aí onde o dinheiro está e é aí onde temos que focar”, afirmou Francisco Sanchez, do Departamento de Comércio, ressaltando que 95% dos consumidores mundiais vivem fora dos EUA. Sanchez, que assumiu o cargo no mês passado, disse em entrevista à agência Reuters que visitará Brasil e China em maio, Índia e Arábia Saudita em junho, e Canadá e México nos meses seguintes.

Em uma dessas missões, na semana passada, no Japão, o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, declarou que o objetivo nessas viagens “é incentivar a abertura dos mercados e defender um sistema comercial aberto, baseado em re­­gras internacionais, que irá beneficiar tanto os consumidores quanto os nossos agricultores e pecuaristas, que fornecem produtos pa­­­ra todo o mundo.” Na abertura do 2010 Agriculture Outlook Fo­­rum, em fevereiro, em Wa­­shington, Vilsak afirmou que o USDA não mediria esforços para ajudar Obama a cumprir a promessa.

A Estratégia Nacional de Exportação (NEI, na sigla em inglês), plano norte-americano para fortalecer o comércio exterior, está sendo construída por um grupo de trabalho criado pela Casa Branca em março. A equipe que integra o NEI se reúne pela primeira vez neste mês. O documento final só deve ser apresentado ao presidente em setembro.

Política de subsídios

O caminho para sair da crise, acreditam os EUA, é o livre comércio. Mas isso não significa que eles estão dispostos a abrir o próprio mercado. Ele sabem que para manter seus produtos competitivos no exterior precisam apoiar o setor produtivo. A controversa indústria do etanol de milho, por exemplo, está prestes a ficar mais tranquila por mais cinco anos. Estão em tramitação no Congresso Nacional duas propostas diferentes, mas que têm o mesmo objetivo: ampliar e estender até 2016 os subsídios pagos aos produtores, que expiram no final de 2010.

Além de renovar a tarifa de importação de US$ 0,54 por galão (3,7 litros), as propostas prevêem também o pagamento de um bônus de US$ 0,45 para a indústria por galão de álcool misturado à gasolina, US$ 0,10 por galão para pequenos produtores e US$ 1,01 por galão a produtores de etanol celulósico. Segundo especialistas, os incentivos custariam aos cofres norte-americanos US $ 6 bilhões por ano.

Em 31 de dezembro de 2009, o incentivo de US$ 1 por galão (3,8 litros) que era pago à indústria do biodiesel expirou e, desde então, a produção do país foi praticamente interrompida. Neste ano, a proposta de renovação do subsídio foi aprovada na Câmara e aguarda votação no Senado. Segundo o Instituto de Pesquisa em Política de Agricultura e Alimentação (Fapri, na sigla em inglês), a não-renovação do subsídio pode resultar em uma queda de cerca de US$ 0,15 por bushel nos preços do milho e da soja. Um terço da safra de milho dos EUA é usado para fazer etanol e 11% do óleo de soja produzido no país são utilizados para biodiesel.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br